Estou na fase de
investigação para saber por que a FIV pode dar errado.
Vou
colocar em prática as minhas habilidades de pesquisadora.
Para começar, encontrei um texto bacana no site do IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia), com um artigo muito bem esclarecido sobre os fatores que alterar a fertilidade e os tratamentos.
“Aspectos Importantes sobre a Pesquisa e o Tratamento da Infertilidade”, publicado pelo Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi
Também entrei
em um fórum, com um post publicado por Maria Lúcia Tomé, chamado “Cuidado especial antes de se correr para uma FIV” que me chamou a atenção.
Vou
reproduzir, porque fiquei pensando em 2 problemas comuns que nem sempre são
investigados antes da FIV:
1) Trombofilia
A
trombofilia é uma doença relacionada à coagulação do sangue que pode ter
influência na fertilidade. Embora a ligação ainda seja considerada incerta no
mundo científico, o tratamento da doença costuma melhorar as chances de a
mulher ter uma gravidez de sucesso. A doença também estaria relacionada à
dificuldade de implantação de embrião ou abortos de repetição. Os coágulos
podem diminuir o fluxo sanguíneo e, consequentemente, a oxigenação dos tecidos,
o que é fundamental tanto para que o embrião se fixe no útero, quanto para o
seu desenvolvimento.
Para
pacientes que tenham passado por abortos recorrentes ou falhas de implantação,
o tratamento pode ser feito com uso de anticoagulantes, como a aspirina
infantil, ou, nos casos mais graves, a heparina.
2) Fatores
Imunológicos (Aloimunidade e Cross Match)
Acredita-se
que o sistema imune materno possua mecanismos para reconhecimento da carga
genética diferente de um feto, e com isso, consiga protegê-lo contra a
destruição. Haveria, assim, a produção dos chamados anticorpos bloqueadores que
protegeriam o embrião recém-implantado no útero. Este tipo de resposta recebe o
nome de aloimunidade. Quando não existe grande variabilidade genética entre o
homem e a mulher, mesmo que eles não sejam parentes, tais anticorpos não são
produzidos, deixando o embrião susceptível ao ataque do sistema imune.
Portanto, se existe certo grau de semelhança entre o HLA materno e paterno,
tais anticorpos bloqueadores não serão produzidos. Sendo assim, o embrião tem
maior chance de ser destruído pelo sistema imune da mãe e o quadro clínico em
tais casos poderá ser reconhecido como abortamento de repetição.
Voltando ao post, vou
reproduzir o que ela escreveu e depois complementarei:
“Oi,
meninas, tenho 37 anos, estou casada há 5 anos, evitei filhos mecanicamente por
3 anos e há 2 anos tento engravidar. Fiz todos os tipos de tratamento e de
exames, acompanhada de vários especialistas e nunca aparecia algo de errado
comigo ou com o meu marido, mas sempre nada!
Até que, já desgastados com os
procedimentos, tabelas, termômetros, tentamos uma FIV, hoje eu diria por falta
de mais informação. Digo isso pois só após o fracasso da FIV é que tomei
conhecimento de outros exames mais específicos que poderiam ter sido pedidos
muito ANTES, não só para evitar o desgaste emocional, como pelo alto custo financeiro
da FIV, muitas vezes intangível para muitos casais, agravado pela perda de
tempo precioso quando se passa dos 35 anos.
Com este veredito gostaria de
avisar a todas as mulheres que tentam engravidar em vão, sem causa aparente,
que não busquem o recurso da FIV sem antes descobrir detalhadamente quaisquer
outros fatores desconhecidos através de exames laboratoriais específicos como
os para constatar ou descartar halominunidade, incompatibilidade genética, hipo
ou hipertireoidismo, trombofilia como anticardiolipina, anticoagulante lúpico,
DHEA e outros. Resultam muitas vezes em alterações passíveis de tratamento
medicamentoso, que aumentam em muito as chances de se engravidar naturalmente.
Faça sempre estas perguntas ao seu médico desde o começo de qualquer tentativa.
Exija aprofundamento das pesquisas desde o começo.
Não custa nada descobrir
antes que se perca mais tempo. Fica aqui o nosso recado, não busque a FIV sem
antes pesquisar todas as causas possíveis. Sairá muito mais barato e você
entenderá muito mais do que acontece com você e seu organismo.
Eu ainda não
engravidei, pois só agora tomei a vacina e vou começar a tomar heparina, pois
constatei apenas recentemente que tenho trombofilia haloimune e quando olho
para trás vejo o tempo que perdemos sem esta informação que divido aqui com
vocês, numa tentativa de alertá-las a não repetir o mesmo erro. Sabe, a gente
tem que fazer certas exigências. Acabou a época em que não se tinha informação.
Diga queremos, precisamos, exigimos todos os tipos de exames AGORA, não depois
de fracassadas quantas FIVs, etc. Sabe-se que cada caso é um caso, mas QUANDO
NÂO SE TEM CAUSA APARENTE a gente tem que ir na frente e EXIGIR mais exames
para descartar ou constatar o verdadeiro problema.
Agora eu vejo como é comum
esta possibilidade e poucas de nós sabemos. Precisamos avisar o maior número
possível de mulheres, para parar este mecanismo de 3, 4 ou 5 FIVs até se pedir
um exame para trombofilia ou haloimunidade, imagine, quanto prejuízo moral,
emocional e financeiro!! Agora estamos cheios de fé, pois com este novo e fiel
diagnóstico, ficamos mais perto do sonho de segurar nosso bebê no colo. Longe
de outra FIV. Boa sorte para você também!!!”
A partir de agora, me
concentrarei na análise do que mais afeta o sucesso da FIV e estes depoimentos
são importantes.
Para saber mais, tem outros post que deixei aqui no blog sobre o assunto:
http://meudiariodafiv.blogspot.com.br/2013/11/por-que-fiv-pode-dar-errado-motivos-da.html
Para saber mais, tem outros post que deixei aqui no blog sobre o assunto:
http://meudiariodafiv.blogspot.com.br/2013/11/por-que-fiv-pode-dar-errado-motivos-da.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário