domingo, 21 de dezembro de 2014

Já finalizando por este ano... Natal chegando e Retrospectiva 2014


Esta época é correria, com presentes de Natal, compras para ceia (que sempre é aqui em casa e fico arrebentada pois passo o dia na cozinha...) e toda aquela ansiedade que as pessoas ficam malucas, querem parar logo para descansar alguns dias.

Pois é, acho que também estava nesta onda. Ontem, sábado, trabalhei até às 14h e foi maior correria! Cheguei em casa bem cansada e, ao pensar que finalmente as férias chegaram, fiquei com a sensação estranha de que queria tanto descansar e curtir e não conseguia, estranho, parecia “barata tonta”... kkkkk. A gente fica com aquela sensação de que quando não está trabalhando, está fazendo algo errado. Vou tentar relaxar para curtir as férias. Volto a trabalhar dia 12 de janeiro e por isso vou tentar não pensar em trabalho (mas é beeeem difícil pois sou workaholic = viciada em trabalho).

Vou aproveitar estes dias de descanso para finalizar mais um livro (outro filhinho) que deve ficar pronto em fevereiro para publicação (mas este é de assunto técnico... nada a ver com este meu projeto de vida - que é o principal, meus babies - já estou colocando até no plural porque gostaria que fossem gêmeos, por isso fiz novamente o ciclo para ter mais embriões e de melhor qualidade, tentando acertar em uma "tacada" só).
Fazendo uma retrospectiva e acho que foi um bom ano, principalmente porque consegui sair da inércia depois do negativo no Beta no primeiro ciclo de FIV que fiz em 2013. Para quem leu o post sobre isso, foi um luto para mim, mas agora, muita energia para continuar.


Na sexta, dia 12/dez, fiz a punção dos óvulos e tivemos lindos embriõezinhos que estão congelados. Logo na terça, dia 16/dez, fiquei menstruada, com um fluxo intenso que durou até o sábado, ontem. Como estava me sentindo bem, voltei a fazer exercícios. Fiz uma corrida na praça ao lado de casa para me sentir mais ativa, já que fiquei muito parada neste mês, faz um tempão que não vou à academia. O médico disse que eu estava liberada após a punção, então fui.
Tenho que perder os 2 Kg que ganhei com os medicamentos, as bombas hormonais que injetamos. Da outra vez, também tinha engordado isso e logo consegui perder. O difícil vai ser resistir à comilança e gordices do final do ano!!!

Finalizo este ano com muitas expectativas, acho que mais consciente sobre as chances do tratamento e que, se não for na segunda tentativa com a transferência que terei meu positivo, terá na terceira ou quarta FIV, mas vou conseguir.
Outra coisa que me deixa feliz é a quantidade de mensagens que estou recebendo. Meninas, vocês não imaginam o quanto é bom compartilharmos nossas experiências e histórias.

Nem acredito que são quase 70 mil visualizações aqui no blog! Quando criei, queria compartilhar o que estava sentido, narrando o que acontece com nosso corpo, mente e coração neste processo todo. Obrigada por estarem por perto, mesmo que virtualmente. Vocês ajudam muito neste processo!
Uma mensagem de otimismo para todas. Bjsssssssssssssssssssssssss

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Dúvidas sobre a FIV - Como ter o Positivo


Aproveitando meu intervalo entre o congelamento dos óvulos e aguardando a transferência, resolvi escrever este post com “dúvidas sobre a FIV”.
Farei um compilado com perguntas e respostas para publicar aqui.

Como ainda estou escrevendo, aguardem...
Já listei as perguntas, se alguém tiver mais alguma, é só passar que farei a inclusão na listinha de "DÚVIDAS SOBRE A FIV". Obviamente, a principal pergunta é: "Como aumentar as chances de ter um positivo com o tratamento?". É, realmente esta é a resposta que todas queremos e não é fácil não... Depende de uma série de fatores e alguns já apontei no blog, tentando entender porque não consegui até agora.

Como não sou da área médica, vou locar o resultado de pesquisas realizadas em sites de clínicas e artigos da saúde, para ter maior respaldo científico.


Guia com Perguntas e Respostas sobre FIV (por enquanto só coloquei as perguntas e estou pesquisando sobre as respostas, sendo depois colocando a fonte sobre informações técnicas, tá?!)

  

1. Quando a FIV é indicada ao casal?

2. Quais os fatores que dificultam a fertilidade?

3. Qual a diferença entre Fertilização In Vitro (FIV) e Inseminação Artificial (IA) / Intrauterina (IIU)?

4. Qual a diferença entre Fertilização IN Vitro convencional (FIV) e a Injeção Intra Citoplasmática do Espermatozóide (ICSI)?

5. O que é a Mini FIV?

6. Quais os exames do casal antes de fazer o tratamento?

7. Quanto tempo sem obter sucesso para engravidar do modo tradicional é preciso esperar para cogitar esse tipo de tratamento?

8. Por que a FIV não dá certo?

9. Como reagir a um negativo na FIV?

10. Qual a medicação utilizada?

11. Quanto custa para fazer uma FIV?

12. Consigo descontos na medicação?

13. Qual a duração do tratamento?

14. Preciso me afastar do trabalho ou outras atividades durante o tratamento?

15, Quais os efeitos colaterais do tratamento?

16. Os miomas uterinos podem causar infertilidade?

17. A mulher que tem SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) pode fazer a FIV?

18. Há diferença entre a gravidez natural e a gravidez com fertilização in vitro?

19. O casal pode ter relações sexuais durante o tratamento de fertilização in vitro?

20. O que são os exames pré-implantacionais para diagnóstico genético antes da FIV?

21. Quantos embriões podem ser transferidos em cada tentativa?

22. Qual é a possibilidade de sucesso da fertilização in vitro?

23. O que afeta as chances de sucesso da FIV? 

24. Se ocorrer um negativo no processo, depois de quanto tempo posso realizar outra tentativa?
 
25. Quais os exames para diagnóstico genético pré-implantacional do embrião antes da FIV?
 

Reflexões do dia sobre o processo da FIV


Como não tenho muitas novidades, acho que agora terei que dar um tempinho no tratamento depois que os meus futuros bebês viraram “congeladinhos” no D3, terei que esperar um pouco. Enviei um email para o médico, estou aguardando retorno sobre os próximos passos antes da transferência. Acho que ele vai querer falar comigo sobre os miomas e avaliar se não cresceram com a bomba hormonal deste ciclo. Vou torcer para isso. Confio bastante neste médico, que é muito atencioso e tecnicamente competente.
Enquanto isso, o Natal vai se aproximando, vou me dedicando a fazer o fechamento das atividades no trabalho porque agora os projetos de consultoria em empresa já começam a parar e as atividades na faculdade vão parando para o recesso de final de ano.

Mas é óbvio que entre uma atividade e outra sempre fico no pensado e fazendo uma pesquisinha ou outra na internet. Não resisti... rs.
Com este ciclo de indução, estou com um total de 7 embriões ótimos e 3 regulares (sendo do 1º ciclo em 2013 = 1 ótimo + 2 regulares e do 2º ciclo em 2014 = 6 ótimos + 1 regular, todos congelados no D3).

Aí é só torcer, para quando forem descongelados, que continuem evoluindo. Isso porque tem outra loteria deste processo, que depois que são descongelados para transferência, devem evoluir até o D5. Nem sempre isso acontece. Por exemplo, na minha transferência no ano passado, foram descongelados 3 e apenas 2 continuaram evoluindo bem (mas que também não “grudaram” em mim e aí toda a decepção que vocês já conhecem.
O que me anima é que, mesmo com os relatos das inúmeras dificuldades, o final da história é feliz. Fico ansiosa, mas sei que é apenas uma questão de tempo...

 
 

 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Como é realizada a seleção do embrião(ões) para a transferência na FIV


Como acabei de receber o relatório da clínica de fertilização sobre o resultado do meu tratamento até o momento, resolvi pesquisar um pouco sobre os critérios para avaliação dos embriões e depois o critério para seleção na transferência.

Percebi que para entender melhor os parâmetros de classificação embrionária dependemos dos estágios de desenvolvimento do embrião.

Após a coleta dos oócitos (punção folicular), na FIV clássica os oócitos classificados como maduros são fertilizados. Entre 16 a 18 horas são verificados quanto ao aparecimento de estruturas de fertilização, ou seja, a indicação de que houve a singamia dos gametas feminino e masculino. Somente a partir daí teremos um embrião.

Com a fertilização, tem início a duplicação do DNA masculino e feminino (haploides), que em seguida se unem (diploide) e iniciam as sucessivas divisões mitóticas, denominadas clivagens (divisão e formação das células dentro do embrião).  

D1 - A primeira divisão deve acontecer de 24-27 horas após a FIV, já um indicativo do início de evolução embrionária.  
D2  - De 45-46 horas teremos a segunda divisão celular (Dia 2) em 4 células
D3 - De 54-57 horas teremos a terceira divisão celular (Dia 3) em 8 células. 

Um fenômeno observado durante o desenvolvimento  do embrião é a possível formação de fragmentação, ou seja, extrusão de um parte da membrana citoplasmática. Infelizmente, quanto mais fragmentado o embrião obtiver, maior dificuldade ele terá para realizar a implantação no útero da mãe.

As informações foram extraídas do blog  da Renata Erberelli (Biomédica Embriologista), que tem outros detalhes: http://reproducaohumana.blog.br/2013/01/04/a-selecao-embrionaria-para-transferencia/



Tem outros links interessantes sobre o assunto

http://www.bioembryo.com.br/noticias.php?cat=1&subcat=2&id=133

http://www.spdm.org.br/blog/insucesso-na-fertilizacao-in-vitro-numero-maturidade-e-fertilizacao-dos-oocitos/

http://www.medicinareprodutiva.com.br/2012/10/a-transferencia-embrionaria-na-fertilizacao-in-vitro-fiv-como-selecionar-o-embriao/

http://www.ufrgs.br/topicosembriao/FIV.html


 

Saiu o resultado do D3 dos embriões!


Gente, saiu o resultado da clínica sobre o D3 dos embriões!

Dos 7 fecundados no D1, ficaram 6 bons e 1 regular, mas está uma boa média. Agora eles foram congelados no D3, para transferência que está prevista para fevereiro no ano que vem.

 
Parece que conseguimos mais embriões do que o tratamento passado e de melhor qualidade!

 
Ciclo
 
 
Folículos
Óvulos Maduros/
Injetados
Embriões D3
(morfologia normal)
Embriões D3
(morfologia regular)
1ª FIV
 20
 8
2ª FIV
 22
 7
6
1

Então ainda temos também 3 os “congeladinhos” do ano passado, que ficaram lá. Como foram transferidos 3 em julho/13, sobraram estes outros 3 (relatório que recebi da clínica em setembro deste ano):
 O que tivemos no ano passado está abaixo:
 Oba, desta vez vai dar certo!!!

domingo, 14 de dezembro de 2014

Refletindo sobre as emoções durante uma FIV e a reação ao negativo no Beta

Meninas, para quem está acompanhando, sabe que fiz a punção na sexta, mas já tinha combinando com o médico que vamos congelar os embriões para transferir a partir de fevereiro, quando tiver uma liberação de especialistas quanto as meus miomas (que são grandes, para confirmar se não terei gravidez de risco).

Como não vou transferir agora, não estou tomando nenhuma medicação e estou me sentindo bem fisicamente após a punção nesta 2ª FIV, bem diferente do processo anterior, já que tinha passado muito mal com o hiperestímulo. Tenho tentado repousar (o quanto minha teimosia deixa, como diz meu marido... rs) e tomar líquidos, comer proteína e também tomando Whey Protein que já usava após exercícios da academia, mas agora não posso fazer nenhuma atividade física, é mais para recuperação do procedimento de retirada dos óvulos.
O problema é que a cabeça está a mil. Já sou naturalmente ansiosa e não consigo segurar o mal estar. Deveria aproveitar o domingo para finalizar meu capítulo do livro que devo entregar amanhã (além do trabalho, também tenho algumas atividades acadêmicas de pesquisa), só que não consigo. Ai, maldita ansiedade...

Aí parei para refletir sobre a experiência anterior do negativo no Beta, para avaliar se estou de faltou mais preparada para outro neste ciclo. Tenho consciência das estatísticas do tratamento, mas todas nós pensamos primeiramente que vai dar certo. Após a transferência, em geral, saímos da clínica nos sentido grávidas, mesmo que não tenha sido comprovado pelo exame, mas é um efeito psicológico, um estado de espírito, que cultivamos nos 14 dias seguintes. O problema é quando o destino nos tira isso. Posso dizer que é uma sensação de luto.
Aí podemos perguntar: como ter a sensação de luto por algo que não se teve. Em nossa mente e coração, tivemos sim. Nestes dias entre a transferência e o exame Beta, nos comportamos como grávidas, pois todo o processo é para isso. Não queremos outro resultado. Aí o choque do negativo nos tira o chão.

Resolvi pesquisar em alguns blogs de outras meninas para saber como reagem – no meu caso, fiquei um ano “paralisada” com o primeiro negativo, horrível, não queria falar sobre o assunto ou ler a respeitado, evitada festas de crianças ou contato com mulheres grávidas.
É sempre uma mistura de emoções: expectativas, cobrança (da sociedade, da família e de nós mesmas), o medo, a frustração — tudo isso faz parte da vida de quem persegue, incansavelmente, a busca pelo sonho de realizar o que nos traz o instinto materno.

Tudo isso faz do resultado negativo uma das piores notícias que já recebemos na vida. As reações são variadas: algumas desistem, outras se apegam à fé, seja na religião, na ciência ou na sorte.

Encontrei alguns blogs e me identifiquei...

http://minhamaequedisse.com/2012/08/fertilizacao-in-vitro/

http://brasil.babycenter.com/thread/679141/como-superar-a-decep%C3%A7%C3%A3o-ap%C3%B3s-um-negativo

http://aconchegando.com/2012/02/22/segunda-tentativa/



São muitos relatos Também achei um artigo com uma pesquisa interessante. O trabalho foi apresentado no XXIX Encontro Mineiro de Ginecologistas e Obstetras, XI Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Região Sudeste da FEBRASCO, Belo Horizonte - Maio de 2004, com o título “Elaboração do luto da criança não concebida”:
http://www.procriar.com.br/uploadfile/Elaboracao_do_Luto_da_Crianca_nao_Concebida.pdf


Bom, o que fica de tudo isso é que sempre os blogs no final mostram uma história de sucesso. Demora um pouco, alguns relatos de momentos dolorosos, mas que depois valem a pena. É isso que tem me movido: a esperança de concretizar o sonho de ser mãe.


sábado, 13 de dezembro de 2014

O que esperar da FIV

Inspirada no livro que toda grávida lê, um clássico (sic), chamado “O que esperar quando se espera”, resolvi falar uma adaptação para falar sobre o que se pode esperar da FIV.

Isso porque entra neste mundo, passamos a compartilhar ansiedades semelhantes e, na internet, encontramos linguagem e expressões próprias que se reproduzem nos grupos de discussão e blogs. Tem as “tentantes”, “fivetes”, “gravidinhas”, “estrelinha” (quando se referem ao filha/a), a “ultra” (que é o ultrassom) e várias outras.

Aí quando temos as recém chegadas, não posso dizer que meu caso de uma pessoa experiente, mas no segundo tratamento já temos uma noção do que vai acontecer. Vale a pena refletir um pouco com a “montanha russa” de emoções pelas quais passamos, são muitos altos e baixos.

Tudo isso começa antes mesmo do tratamento, porque em geral passamos por outros antes. No meu caso, comecei como uso de reguladores da ovulação (como Serophene) para coito programado por ter ovários policísticos e, como não deu certo, tinha programado uma tentativa de inseminação artificial (IIU) e que passei para a FIV porque tinha muitos folículos com a medicação.

Tudo isso vem acompanhado de uma série de exames. No meu caso, fiz a histerossalpincografia para ver se as trompas não estão obstruídas (dói pra caramba!), depois ressonância magnética para verificar os miomas (mais de uma vez, para acompanhar se cresciam, o que não podia acontecer!), exame para saber o estoque de óvulos (anti-mulleriano), videolaparoscopia (para verificar se não endometriose ou alteração no útero (aí com anestesia geral e internação e tudo), além dos exames genéticos (como mutação no gene da metilenotetrahidrofolato) ou ligados à trombofilia (fator antinúcleo FAN, cardiolipina, fator V de Leiden, mutação do gene da protombina, proteína C, proteína S, anti-trombina III, MTFRH e hemocisteína). Fiz também o Cross Match para analisar a compatibilidade imunológica (mas não fiz o tratamento com as vacinas.Além do exame do marido, para avaliar os nadadores, claro.

Ufa... e se tudo está em ordem, partimos para o tratamento. Simples, não? Nem um pouco. Aí que a ciência requer um esforço maior nosso de compreensão de todo o processo e consciência sobre as estatísticas do tratamento, que não é infalível, mas aumenta as probabilidades.

Pé no chão e pensamento positivo na mente. OK, vamos lá. Começando o estímulo e aí a bomba de hormônios começa a agir no nosso corpo que, em um ciclo natural, produz um óvulo por mês e vamos artificialmente mudar isso para produzir muitos folículos. No me caso, foram 26 no primeiro ciclo e depois 30 no segundo. A barriga fica inchada, um pouco desconfortável e temos a rotina das injeções na barriga (que nos faz perder o medo de agulha) e exames de sangue para análise dos hormônios + ultrassom a cada dois dias. Tudo isso exige dedicação de tempo na nossa rotina e reservas financeiras, pois é uma grana. Para cada ciclo de FIV, gastei cerca de R$17mil.

Com a punção, é importante ter claro, que geramos vários folículos, mas nem todos contém óvulos maduros e temos cerca de 5 a 6 destes. Aí pode ser uma FIV tradicional ou a ICSI (com a injeção do espermatozoide no óvulo e foi esta que fiz). Depois disso, ne, todos os óvulos implantados que são os pré-embriões se desenvolvem a partir do terceiro dia. Aí temos que torcer para vencerem esta barreira. Quando eles crescem, alguns médicos transferem no D3 para que continue a se desenvolver no útero e outros esperam até D5 como blastocistos.

Aí vem a decisão sobre a transferência no ciclo fresco ou se os óvulos serão congelados para a TEC depois (Transferência dos Embriões Congelados). Aí também tem a decisão de quantos embriões transferir, a preparação, tudo.

Depois da transferência vem o repouso e a expectativa dos dias intermináveis até o exame Beta. Parece uma espera sem fim, uma tortura. Quando o negativo vem, é uma sensação de luto. Luto mesmo, mas por algo que não chegamos a ter, mas que em nossa mente e coração já existia. Não é fácil lidar com isso, além das reações físicas, como uma mega TPM. Se outras pessoas sabem do tratamento, temos que dar satisfação e por isso foi um segredo meu e do meu marido, opção nossa mesmo não envolver a família.

Algumas mulheres conseguem na primeira tentativa de FIV, mas nem sempre isso acontece ou é um menor número. É bom comum que se consiga na segunda ou terceira tentativa e temos relatos em blogs de sucesso na nona ou décima.

Aprendemos a comemorar a cada etapa e não desistir. Buscar forças, apoio de amigas virtuais que nos compreendem e compartilham suas histórias. Espero ter ajudado com minha experiência. Obrigada a quem me acompanha.
 
 

Acabei de ver o resultado da punção... yupi, estamos indo bem até o momento!


Gente, acabei de publicar a relato da punção e, antes de desligar o computador, resolvi checar meu email, pra ver se, por acaso, a clínica tinha enviado algum relatório, como fez no outro procedimento. Por ser final de semana, não estava com certeza e, para minha surpresa, uma mensagem!
Vejam que maravilha, estamos indo bem! Dos 30 folículos, foram aspirados 22. Destes, foram 12 óvulos maduros e, destes, 7 viraram embriões. Eba!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Agora é só torcer para que se desenvolvam nos próximos dias.

Boa notícia para nos animar no final de semana. Mereço uma pizza J


 

Como foi a punção dos folículos...

A punção foi ontem, sexta e tudo foi super tranquilo, estou muito bem. Estou tão que fui trabalhar ontem. Tá, eu sei que deveria ter ficado descansando, mas tive que ir à faculdade no período da noite para aplicar a prova final aos meus alunos que estão se formando, mas já me sentia bem e fui. Aí como sou teimosa, hoje (sábado) acordei cedinho e fui dar aulas na pós-graduação o dia todo. Preparei atividades que me permitiram sentar e cheguei em casa já no final do dia. A aula foi das 8h às 18h, uma mega maratona, mas não senti nada de mal-estar.

Com esta correria, praticamente não parei, mas agora vou contar um pouco sobre a punção. Depois que tomei as duas injeções de Gonapeptyl na quarta, às 19h30, tem que ser 36 horas depois a punção, bem certinho para evitar que os folículos se rompam. Por isso a punção ficou marcada para 7h30 da sexta e o médico pediu para chegarmos 30 min antes na clínica para acertar questões de contrato e tal.

Com medo de perder hora, chegamos e a clínica ainda estava fechada. A secretaria chegou um pouco atrasada e, para não perder a hora, assinei os contratos depois do procedimento.

Segui direitinho as recomendações do médico: jejum total de 8 horas, não tomar nenhum medicamento e ir à punção sem maquiagem, hidratante, cremes, lente de contato e sem esmalte nas unhas. Fui encaminhada ao quarto pela enfermeira, que me passou aquela roupinha tradicional, logo me chamaram e o médico, sempre muito gentil, disse que não sentiria nada.

Como já tinha passado por isso no ano passado e ficado muito mal com o hiperestímulo, também sabia que a punção é a parte mais invasiva do tratamento, estava um pouco apreensiva. Após o exame ginecológico que o médico faz na hora, o anestesista já veio com a injeção mágica e dormi. Quando acordei, acho que perguntei quantos foram os óvulos maduros dos 30 folículos, mas não lembro qual foi a resposta. Parece que ele falou 20, mas eu estava ainda meio zonza, não me recordo bem. Mas agora estou mais tranquila desta vez.

Fiquei um tempo no quarta me recuperando, comi um pouco e tomei bastante água para fazer xixi (pois só assim iriam me liberar). Rapidinho me senti bem, fui ao banheiro e fui até a recepção para assinar o contrato enquanto meu marido foi fazer a parte dele, o que brincamos como “liberar os nadadores”.

Fui para casa, minha faxineira já tinha deixado tudo organizado e aproveitei para dormir um pouco. Por volta das 16h eu já estava ligando no trabalho para acertar algumas coisas e logo depois me troquei para ir à faculdade aplicar a prova.

Não senti nada desta vez como efeito colateral, apenas um leve desconforto. Como o ovário fica sensível com a punção, fica dolorido e sai um pouquinho de sangue, mas bem pouco. Para não ter dor, estou tomando Cefadroxila de 12 em 12 horas. Como sabia que passaria este sábado todo fora, tomei Buscopan para garantir e antigases para prevenir. Sabe como é... Resumindo, foi super tranquilo, estou aguardando o resultado, com energia positiva, isso é fundamental!

 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cronograma do tratamento de indução da ovulação para FIV

Desta vez fui bem organizado e, a pedido do médico, anotei em um calendário todas as medicações. Segue o registro dos 11 dias desta etapa da segunda FIV:

Dia
10º
11º
12º
13º
DOM
SEG
TER
QUA
QUI
SEX
SAB
DOM
SEG
TER
QUA
QUI
SEX
Data
30/11
01/12
02/12
03/12
04/12
05/12
06/12
07/12
08/12
09/12
10/12
11/12
12/12
GONAL
112,5
112,5
112,5
112,5
112,5
112,5
112,5
112,5
112,5
112,5
 
 
 
CETROTIDE
 
 
 
 
 
 
 
 
1 ds
1 ds
 
 
 
GONAPEPTYL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 ds
 
 
ULTRASSOM
 
X
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME SANG.
 
X
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUNÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
x

 Já foi combinado com o médico que os embriões serão congelados (juntamente com os outros 3 que já temos na clínica, para transferência a partir de fevereiro.
Agora é só esperar pela punção amanhã!