terça-feira, 22 de dezembro de 2015

11 semanas: outra madrugada no Pronto Socorro...


Pois é, depois de uma agitada no trabalho, eu e meu marido fechamos a semana de forma tranquila ao visitar alguns amigos, até criamos coragem para contar sobre nossa gravidez. Não sei se foi precipitado, mas foi bacana ver a felicidade do maridão ao contar para todos que seria pai e mostrar no celular o vídeo que ele fez do último ultrassom na quarta. Foi tão lindo, esperamos muito por este momento!
Voltamos para casa por volta da meia noite, quando fui tomar banho e, de repente, começou a escorrer muito sangue pelas minhas pernas. Chamei meu marido que foi até o banheiro, tentou me secar e não parava de sair sangue. Comecei a tremer, achei que era o fim. Tremendo, peguei a primeira roupa que vi pela frente e fomos até o hospital.
Depois de esperar por uns 30 min, o médico de plantão da ginecologia nos chamou. Com uma cara de “saco cheio”, pediu para deitar na maca que ele faria o exame de toque. Disse que o meu útero estava aumentado por causa dos miomas, aparentava ter 16 a 18 semanas (enquanto ainda estou com 11). O exame doeu pra caramba e ele disse não ter encontrado o motivo do sangramento.
Perguntei se eu iria fazer o ultrassom para ver se o bebê estava bem. Ele nem respondeu e colocou um doppler para ouvir o coração. Disse que não estava ouvindo. Nisso, já começou a descer uma lágrima. Aí depois de um tempo, ele disse: “Pode levantar, está ouvindo esta batida rápida, ele tá vivo ainda”.
Me troquei engolindo o choro e, quando ele prescrevia um novo ultrassom, perguntei se apareceria minhas mulheres desesperadas como eu e ele respondeu: “Aqui só vejo histórias tristes”. Pensei: “Melhor ficar quietinha”. Fui até a ala de recuperação e passei noite tomando soro com Buscopan para a cólica e Plasil para o enjoo.
Puxa, este susto foi grande... Mas sei que meu bebê guerreiro está bem e vamos passar por tudo isso! Dá tanto medo e espero chegar logo às 14 semanas quando estarei saindo da "zona de risco". É tanta emoção que ainda não comprei nenhuma peça para o bebê e nem comecei a pensar no quarto. Em janeiro, quando tudo passar, farei isso, começarei a planejar o enxoval.
Agora ficarei em repouso e talvez nem vá para a praia neste período de festas, ainda estou avaliando o que é melhor. Tudo vale a pena pois neste ano ganhei  o meu melhor presente de Natal da vida!!! Bjs para tod@s!!!!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Mais um susto hoje, correria para pronto socorro e novo ultrassom... haja emoção!!!

Pois é, depois da postagem de ontem, hoje acordei com muita cólica e eis que ele voltou, o famigerado sangramento. Ai, aquele frio na barriga. Tinha acordado cedinho para uma reunião de trabalho e fiquei esperando para ver se passava. Não era com muita intensidade, mas em tom escuro e constante. Meu marido acordou e contei para ele. Vi a cara de espanto, pois já estamos meio traumatizados com todas estas idas e vindas.
 
Bom, liguei para a médica, que estava em cirurgia e me disse para ir ao pronto-socorro fazer um ultrassom de emergência. E lá fomos nós. Preenchi a guia de entrada novamente com “suspeita de aborto” e fiquei aguardando a médica da ginecologia me chamar.
 
A médica foi bem bacana e tentou me acalmar, dizendo que pode acontecer mesmo nesta fase inicial, aí tentei ficar mais tranquila enquanto fui para a sala de exames, até que foi rápido, este hospital é excelente!
 
Aí chegou a outra médica, muito simpática também e tentou fazer o ultrassom vaginal, mas o útero está bem espesso, doeu bastante e ela não estava conseguindo ver o bebê. Vocês já devem estar imaginando o meu desespero... se ela não ouvisse o coração do bebê iria ouvir o meu que estava quase pulando do peito!!!!!
 
Ela fez então externo e eis que ele aparece, tão lindo e tão serelepe, nosso baby. Ela disse que estava tudo certo e só então relaxei ao ouvir os batimentos. Ele se mexe tanto – acho que joguei uma adrenalina no meu corpo todo com a ansiedade que ele ficou agitado também!
 
O bebê está com 5 cm, idade gestacional estimada em 11 semanas e 5 dias, realmente um pouco maior que a cronologia (hoje estou com 10 semanas e 5 dias).
 
Ufa, passado o susto, a médica que nos atendeu sugeriu manter o Utrogestan, mas recomendou consultar a médica que me atende no pré-Natal.
 
Rapidamente já passei um WhatsApp para ela, que respondeu manter a progesterona uma vez por dia, até 28º semana.
 
É, um pouco de emoção faz parte da vida, não é?! Um bebê tão esperado merece atenção e olha que ainda faltam ainda mais 30 semanas.... rs. Não posso reclamar de tédio.

Está um momento complicado no trabalho com aquisição por um grupo estrangeiro, com demissões de diretoria e sei que logo chegará aos meus pares, mas no meu caso, tenho a proteção legal e terão que me aguentar por mais um tempo. Só que hoje resolvi tirar o dia para descansar, curtir o marido e organizar alguns documentos do projeto que estou levando em paralelo, que é a construção de uma casa nova para nós!!! Vamos que vamos, vai dar tudo certo em 2016. Depois de anos e anos de espera, agora vai. Bjs
 
 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

10 semanas: como andam as coisas...

Falei no post anterior dos sintomas chatinhos deste começo de gravidez que até esqueci de contar a melhor parte: fiz ultrassom na semana passada e vi o baby!!! Tão lindo... ele até se mexeu, coisa mais fofa.
 
Como sempre tem alguma história que acontece comigo – tipo, me dou mal como o Coiote do Papaléguas, mas aí sempre tenho algo para narrar. Bom, cheguei maior animada na clínica e a mocinha pediu se eu queria gravar as imagens. É claro!!! Mas aí a médica atrasou mais de 1 hora e meia, fiquei um tempão numa sala gelada e  acho que ela esqueceu de colocar o DVD... Fiquei sem a gravação. Ah, fiquei triste, mas feliz que nosso baby tá super bem. Muito louco isso, agora ele está adquirindo as formas um feto – e deixa de ser embrião.
 
Fiz o ultrassom com 9 semanas e 5 dias, mas a médica disse que ele está com tamanho de 10 semanas e 5 dias, ou seja, tá grandão, vai ser alto como eu e meu marido (eu nem tanto, tenho 1,75m, mas ele que tem quase 2metros)!
 
Agendei o ultrassom morfológico de 1º trimestre, com a translucência nucal, que importante e ajuda a ver se há alguns problemas, como Síndrome de Down, será no dia 4 de janeiro, quem sabe dá até para saber o sexo??? Ai, que curiosidade.
 
Ainda não contei para a família ou amigas, vou esperar os 3 meses quando sairei do período de risco. E ainda continuo com parte da medicação.
 
Segundo orientações da clínica de fertilização, parei ontem, quando completei 10 semanas, de usar o Crinome (pela manhã) e o Utrogestan (à noite), ficando apenas com a Primogyna (que antes eram 3 vezes por dia, passarei nesta semana para 2 e depois para 1 na próxima semana). Deu um medo de parar com a medicação e a todo momento ia ao banheiro para ver se tinha sangramento, olha a paranoia!!!
 
Como parei com a medicação, senti cólicas, mas a médica disse que poderia acontecer. Ah, por falar em médica, decidi que vou trocar. Nesta última consulta, não curti o que ela disse – na verdade, não foi o que disse, mas como disse e a solução que apresentou. Ao ver os meus miomas, aqueles de sempre, disse: “É, vai ser cesárea mesmo e torça para não perder seu útero já no parto”. Eu perguntei se não poderia preservá-lo se quisesse engravidar de novo e ela respondeu: “Agradeça por ter conseguido ter um filho”. Puxa, tudo bem a pessoa ser direta, objetiva ou assertiva, mas faltou sensibilidade e também atualização com técnicas médicas para pensar em uma solução, é um órgão importante do meu corpo.
 
Agora vou reagendar com uma médica que me indicaram na clínica de fertilização, que vi ótimas referências e parece bem atenciosa. Pena que ela não atende pelo plano, farei particular e tentarei o reembolso.
 
No mais, esperando o baby crescer cada vez mais... Obrigada a todos que sempre torceram por mim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Voltando para contar os últimos acontecimentos, agora com menos sustos, mas ainda com ansiedade (pra variar... rs)

Meninas, estou bem e estou de volta! Recebi inúmeras mensagens sobre meu sumiço, desculpem, de coração. Tenho passado muito, muito mal com os enjoos, dor de cabeça – além da tensão toda com os sangramentos que continuaram até a semana passada. Além disso, está um momento mais do que tenso no trabalho. Contei só para meu diretor e minha equipe, que está apoiando – já meu diretor tá meio estranho, acho que ele não recebeu tão bem de início, achando que eu trocaria o desempenho no trabalho pela maternidade, mas como está tudo tão complicado com a fusão da empresa com uma multinacional, acho que deve ser por isso que ele anda meio estressado.
 
Sobre os sintomas, desde a 5ª semana, logo no início do mês de novembro, comecei a enjoar e não parou mais! É todo dia e principalmente à noite. Às vezes vomito muito e outras fico só com náusea constante, como se tivesse com aquela mega ressaca depois de tomar meia garrafa de vodca sozinha. Aliás, nem consigo chegar perto de alguém que esteja tomando algo com álcool. E parece que o mal estar piora quando estou em casa, fico pálida e os remédios não ajudam, nem o Dramin ou o Vonau (que a gente coloca debaixo da língua).
 
Tenho enjoo até o do meu cheiro!!! Kkkkkk.... Troco quase todo dia a roupa de cama e lavo direto o edredon. Ainda bem não tenho isso com meu marido, pois algumas amigas disseram que não conseguiam chegar perto deles, que engraçado, né?!
 
Aliás, devido aos sangramentos e todo o meu processo complicado, os médicos recomendaram abstinência sexual e estou judiando do maridão, tadinho... mas é por um ótimo motivo.
 
O engraçado é que já senti meu corpo mudando e uma barriguinha discreta tentando aparecer. Como engordei muito com a medicação da FIV, passei de roupas do tamanho 38 para 42 e agora sei que é só descer a ladeira para cada vez engordar mais. Para a situação não fugir do controle, agendei consulta com a nutricionista para esta quinta-feira, vou autovigiar a alimentação para não virar uma bolinha.
 
Tentando controlar a ansiedade e esperando o mal estar passar para curtir a gravidez... Queria que fosse como videogame, que dá para pular de fase quando já estamos cansados de alguma para outra com novidade (rs).  Eu sei que o legal é curtir cada etapa, pena que os enjoos atrapalham um pouco...
 
O pior é que, desde que soube da gravidez, nesta semana vi minha mãe pessoalmente pela primeira vez, pois ela mora em outra cidade, mais distante - aliás, ela nunca soube antes das tentativas de FIV, eu e eu marido passamos por tudo sozinhos nas 4 vezes - mas contei para ela depois que fizemos tratamento. Ela sempre fica toda cheia de cuidados com minha irmã nova - que também está grávida de 14 semanas e eu com 10. Aí contei para minha mãe que estava passando tão mal que estava difícil trabalhar e manter o desempenho no emprego com os enjoos, então ela respondeu: "Isso não é nada, eu também tive na sua gravidez. Aliás, deve ser psicológico, porque quando tive sua irmã e tinha que cuidar de você, tinha tanta preocupação nem senti nada. Veja sua irmã que tem outra criança, não sente nada". Ou seja, tô inventando tudo porque estou com tempo ocioso. Pois é, trabalho em 3 turnos, manhã e tarde, ainda dou aula na faculdade à noite e também aos sábados e tudo isso é a ociosidade. Entendi... É melhor rir e desencanar.
 
Vamos lá, com energia e ótimas vibrações. Uma ótima semana a todas!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Ainda com muitos sustos...


Meninas, quanto tempo não apareço por aqui, não é?! Puxa, foram momentos tensos desde a última postagem.
Tive sangramento praticamente todos os dias e isso me dava muito medo. Em geral, tem sido um sangramento escuro, que sai juntamente com o resíduo da medicação. Mas por 3 situações diferentes, foi um vermelho vivo, o que me deixou preocupada.
Fiquei um pouco em pânico e pesquisei muito sobre sintomas do aborto - principalmente sobre aborto retido, pois o medo é que o bebê pare de crescer ou o coração bater por insuficiência de hormônios da gestação (mesmo com a medicação toda) ou que os miomas cresçam demais (são 2 bem grandões, lembram deles na minha história? pois é, estão coladinhos com o bebê e disputando espaço e nutrientes com ele).
Na segunda passada, dia 23/nov, achei melhor procurar o médico depois de sentir cólicas mais fortes e o sangramento persistir. Passei o dia no Pronto Socorro e lá mesmo fiz o ultrassom, circulando com uma guia médica escrito “suspeita de aborto”. Chegando à sala do exame, veio um médico bastante objetivo e disse: “Vamos ver se o bebê ainda está aí”. Ai, me deu um aperto no coração e travou tudo. Foram segundos de agonia até ele dizer: “Estou vendo um saco gestacional ainda, só não sei se o coração tá batendo”. Puta vida, assim eu quase morro de susto e agonia. Aí depois de mais longos segundos, ouvi aquele som, o melhor do mundo: tum, tum, tum, tum... batendo a 170 bpm, bem acelerado. Mas até isso as pernas já estavam moles de tanto medo, já tinha feito a tal “cara de coruja com medo” e o meu marido estava ao lado com os olhos arregalados.
Bom, voltei para conversar com a outra médica ginecologista, que tinha assumido o plantão e mais duas horas de espera e ela disse que não dava para afirmar o motivo do sangramento, mas que não tinha descolamento da placenta e eu deveria ficar em repouso. Me deu um atestado de 5 dias, mas estou em um momento complicado no trabalho, então avisei meu diretor e também comuniquei minha equipe, pedindo segredo, que eu ficaria menos horas no trabalho e uma parte do tempo em home office.
O restante da semana passou bem, até que sexta tive novo sangramento, agora com um pouco de sangue vermelho. Como já tinha passado pelo exame, tentei me acalmar e também tinha a primeira consulta de pré-natal agendada para ontem.
Então, nesta segunda, dia 20/nov, fui até uma ginecologista que localizei no meu plano de saúde, li boas referências sobre ela e foi bem interessante. Ao fazer o exame de toque, ela de cara já se espantou com um pólipo muito grande à entrada do útero e disse que ele pode (mas não tem certeza) ser a causa dos sangramentos.
É um pólipo que surgiu na fase desta última estimulação de ovulação da FIV, descoberto no dia da punção e que, com a quantidade enorme de hormônios que tenho utilizado, cresceu bastante e fica num local vulnerável, em que o aplicador do Crinome pode estar lecionado por fricção na aplicação. É uma hipótese, que por um lado me deixa tranquila, mas por outro, ele não pode crescer muito pois pode forçar o útero à abertura e parto precoce – aí ela disse que, mesmo durante a gravidez, tem que ser removido, o que é um risco. Estou torcendo para ele ficar  bem quietinho...
Não sei se ficarei com esta médica, talvez consulte também uma que foi indicado pelo médico que fez a FIV, recebi excelentes recomendações sobre ela. Só que estou consultando meu plano de saúde que funciona por reembolso (parei que pagar Unimed pois esta ruim e estou com o plano da empresa, que é muito bom, mas extremamente burocrático).
No mais, estou me sentindo muito enjoada. No sábado vomitei muito, estava pálida como um vela Tive que trabalhar e nem consegui falar direito com as pessoas, saí mais cedo. Estou com esta náusea desde a 5ª semana. Agora entrei na 8ª semana e, em vez de melhorar, está piorando. O olfato está mais aguçado e alguns cheiros parecem horríveis. Tive também muita, muita dor de cabeça e o Paracetamol, que é a única medicação que podemos usar, parece que não funciona. Tenho sentido também um gosto ferroso na boca e uma fome meio bipolar, ou seja, como tal qual uma alucinada e, segundos depois, quero vomitar. Passam-se 10 minutos e faço isso tudo de novo, constantemente.
Ah, quem disse que os enjoos são “matinais” nos enganou, pois é o dia todo... o meu piora à noite, quando chego em casa e vem acompanhado de tontura, a casa fica girando. E, quase estava esquecendo, a insônia... estou com problemas para dormir e fico levantando para fazer xixi de tempos em tempos. OK, tudo isso por um ótimo motivo, o melhor da minha vida!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Feliz. Simplesmente feliz.
Bjs a todas
 
 
 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Para finalizar o post anterior sobre susto com novo sangramento


Pois é, ontem foi uma segundona muito tensa. Não fui trabalhar, tive cerca de 4 episódios de sangramento e o mais intenso deles foi no final do dia, em que saiu não apenas a mancha em tom escuro, mas também sangue com vermelho vivo e alguns coágulos, não sei explicar, alguma coisa sólida Até tirei foto, mas acho nojento colocar aqui, então vou poupar a todos. Só mostrei para meu marido, que ficou tão nervoso e acabou ligando para o médico, ficou agendado ultrassom para hoje cedo.
Aproveitei o dia para descansar, apesar de checar o email corporativo no celular a cada 15 minutos (ai, não consigo desligar ainda do trabalho, estou tentando...) e fiquei esticada no sofá, vendo filmes e séries.
A terça começou silenciosa em casa, aquele medo de que o bebê não estivesse mais comigo, pouca conversa no café da manhã (e também porque continuo com enjôo). Chegando à clínica, fui muito bem recebida como sempre, são todos tão atenciosos, profissionais e competentes, super recomendo mesmo!!!
Na sala de ultrassom, enquanto aguardava a médica que faz os exames, aquele frio na barriga... Meu marido disse que quando estou com medo, fico com “cara de coruja”, tipo olho arregalado e boca fazendo bico. Eu não sei como é, mas quando ele fala isso, dou risada e até descontraiu um pouco.
Aí é perna pra cá, perna pra lá, acomoda para colocar o aparelho do ultrassom e eis que a médica disse: “Olha ele aqui, todo lindão!!!”. Meu coração disparou. Ouvi um barulho que não sei se era o coração do bebê ou o meu, só que não cabia em mim de felicidade. Ufa.... A médica não sabe o que pode ter levado ao sangramento, ela disse que esta fase há muita vascularização e disse para não exagerar em atividades físicas, mas que pode ainda acontecer nos próximos 5 dias.
Meu marido até filmou a imagem do bebê, é do tamanho de um grão de feijão, foi muito lindo!!! Saí aliviada, o médico (ele é muito fofo), veio conversar conosco, indicou 2 ginecologistas de confiança para já iniciar o pré-natal – já demos bastante trabalho pra ele.... kkkkkkk – e disse que eu estava liberada, mas deveria mantê-lo atualizado.
Saí de lá mais leve, para tomar café da manhã em uma padaria que gostamos bastante. Aí apareceu aquele lado de grávida bipolar: uma vontade absurda de comer tudo que vejo pela frente e, depois que comi, passo mal e tenho nojo de tudo. E em 15 minutos faço a mesma coisa, o tempo todo.
Prometi me comportar, não fazer esforço. Foi um grande susto, realmente sofri muito imaginando como seria a curetagem e todo sentimento de perda. Tenho lido relatos em vários blogs e, acreditem, sofro muito por vocês, parece que sinto tudo o que descrevem.
É, este lance de gravidez e tratamento para fertilização é muito louco! Primeiro é a fase de expectativa para saber quantos folículos/óvulos teremos na estimulação, depois quantos estão maduros na punção, depois quantos serão fecundados, aí quantos ficarão com boa qualidade até o estágio de blastocisto – e para quem congela, quantos sobreviverão após descongelamento – e então quantos serão transferidos, aí a fase interminável de espera pelo Beta. Ah, o Beta Positivo e começam novas fases, contadas por semanas para saber se o embrião está mesmo conosco, se ele está se desenvolvendo. Pronto, no ultrassom aparece uma “sementinha”, ele tá lá. Ouvimos o coraçãozinho e aí ficamos agoniadas para saber se ele continua batendo. E depois, todos os órgãos estão formados? Pois é, melhor assumir nossas neuroses e aceitar a loucura, eu já fiz isso e não ligo mais quando o maridão diz que sou doidinha... Quem não? Bjs e até mais
 
 
 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Voltando para contar as (várias) emoções dos últimos dias


Gente, sumi nestes dias, mas foi aquela montanha russa de emoções de sempre. Tenho boas e más e notícias, não sei por onde começar... Minha história parece carro esportivo, que vai de zero a cem em poucos segundos.
Na segunda tive o sangramento que relatei. Já havia acontecido um na semana anterior, não tão intenso. Desta vez foi um pouco mais forte, mas depois parou. Passei o período da manhã em casa e fui trabalhar à tarde e noite, porque já estava bem para fazer o ultrassom no dia seguinte.
Acordei cedo, morrendo de medo de ter perdido os bebês e quando a médica colocou o aparelho do transvaginal, foram alguns segundos de silêncio. Meu marido que estava ao lado já com cara de assustado e eu quase infartando. Aí ela disse, “Vejo um saco gestacional bem bonitão aqui”. E meu marido perguntou: “Cadê os outros?” e ela disse que era só um. Ou seja, perdi 2 dos bebês, não sei se foi no sangramento da semana passada ou neste da segunda. Só sei que tinha um. Bem que senti, depois do sangramento, que saiu uma secreção estranha, espessa, transparente.
Bom, a notícia boa é que ficou um bem lindinho e deu até para ouvir o coraçãozinho. Tinha uma luz piscante que era o coração e estava batendo normalmente. Que emoção!!!
Não sei como é o processo de comunicação na clínica, que é bem grande, mas de repente todos estavam sabendo, entre médicos, enfermeiras, atendentes e até o mocinho que entrega a medicação especial!
O médico foi falar com a gente, disse que os outros não ficaram pois não tinham boas condições de evolução, mas deveríamos nos centrar naquele excelente que ficou. Agora estou começando a acreditar que estou grávida. Estou meio desconfiada ainda (tantos anos de sofrimento, a gente fica tentando se proteger de outra decepção), mas agora estou mais perto do sonho.
Agendei o próximo ultrassom para o dia 25/nov, quando estarei com 7 semanas.
O que tenho até o momento deste resultado:
- Tempo de gestação: 5 semanas e 3 dias
- Tamanho do embrião: 0,37 mm x 0,38 mm
- Batimentos cardíacos: 111, 5 bpm
 
 
Sei que tem um negócio de vesícula (alguma coisa assim que medem) e está tudo bem. Ainda não peguei todas as informações, só fiquei com na mente com a imagem pulsante do coração de nosso bebê. Quanta felicidade!
Já no dia seguinte, não sei se é um fator psicológico, começaram sintomas mais expressivos da gravidez. Até então, eu tinha sentido dores de cabeça, dores nas costas, cólicas, gases (muitos) e aumento da vontade de fazer xixi. Nesta semana, senti meu olfato muito mais apurado (coisa que nunca foi), mudanças repentinas no humor (choro toda vez que aparece um comercial pedindo doações para o Médico Sem Fronteiras com crianças desnutridas ou da Action Aid, tô quase apadrinhando uma criança, de verdade) e os enjôos. Ah, estes enjôos são horríveis e não são só matinais. É o dia todo e piora à tarde e noite, fico com azia. Me dá uma vontade louca de comer algumas coisas e, do nada, nojo de outros. Aí como como desesperada e fico passando mal na sequência, mas ainda não vomitei nenhuma vez.
Outra coisa estranha que percebi é que a calcinha fica sempre úmida e perguntei para médica, ela disse que a vagina da mulher grávida é assim mesmo. Bom, pelo menos estou com sintomas e ouvi o coração do bebê. Tudo parece bem...
Mas... como sempre tem um “mas” na minha história, neste domingo meus sogros ligaram que iriam passar em casa para fazer uma visita. Como estava uma bagunça na sala, resolvi estender a manta do sofá e colocar algumas roupas que estavam espalhadas na área de serviço dentro da máquina. Não sei se me esforcei, mas senti uma fisgada forte no baixo frente e uma cólica intensa. Fiquei pálida na hora. Fui ao banheiro e tinha um pouco de sangue escuro junto com a medicação. Nãããããããoooooooo... acho que aconteceu algo.....
Na hora chamei meu marido, que ligou para o médico. Mais uma vez, ele disse, “que é comum mas não é normal e que deve ser feito repouso”. Fiquei em pânico e nem falei direito com meus sogros, que não ficaram em casa nem por 5 minutos, pois perceberam a situação. Meu marido mais uma vez perdeu o controle e deu a entender que, se acontecesse algo, a culpa era da minha movimentação. Não preciso dizer o quanto fiquei chateada, já que carrego tanta culpa a tantos anos. Fiquei arrasada, mas sei que ele está tão tenso como eu.
Passei o restante do dia com cólicas moderadas e fiquei deitada no sofá vendo TV. Não houve mais sangramento intenso, só alguns resíduos na medicação. Agora não sei o que fazer.
Estou com muito medo que a placenta tenha se descolado ou que o coração tenha parado de bater. Dá calafrios só em pensar e não posso fazer nada. Até pensei em agendar um ultrassom particular ou pagar à parte na clínica, mas parece que eles não recomendam ficar fazendo toda semana.
Outra coisa é que meu marido está pressionando para contar no trabalho. Não sei se falo com meu chefe, principalmente porque a empresa está em um momento crítico da economia ou se conto para minha equipe. Teria que fazer um evento em SP e meu marido não quer que eu vá, mas não vejo problemas porque vou de carona e só serei a mestre de cerimônias.
Torçam por mim....
 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Como se calcula o tempo de gestação em uma FIV



Estou agora me familiarizando com os cálculos do tempo de gestação para pensar em semanas, porque até então eu estava contando em dias após a transferência para facilitar a noção de tempo e os resultados do Beta.
Agora vou começar a contar em semanas, mudando a lógica... vou me acostumar.
Em uma gravidez natural, como minhas mulheres não sabem exatamente o dia da concepção, adota-se como praxe o contagem a partir da data da última menstruação. É a fórmula de Naegele, que usa o período de 9 meses e 7 dias para contagem no calendário de gestação. A regra para calcular o parto se dá com a subtração de 3 meses e soma de um ano e sete dias à data da última menstruação.
No caso de uma gravidez decorrente do tratamento de fertilização "in vitro" (FIV), a contagem começa com 14 dias antes da transferência dos embriões para o útero. Ou seja, no dia da transferência, acrescente duas semanas.
No meu caso, a transferência foi em uma sexta-feira, dia 16/10/15. Nesta lógica, toda sexta terei início em uma nova semana. Neste sexta passada, entrei na Semana 5.
Assim, o método de contagem da idade gestacional começa mesmo antes de ter acontecido a concepção (fecundação). A semana 1 começa com o 1º dia da sua última menstruação quando ainda não existe o bebê (que existe somente a partir da concepção, no final da 2ª semana).
Depois é importante observar que o desenvolvimento do bebê se divide em 2 fases importantes quanto ao seu crescimento e da formação e formação dos sistemas e órgãos.
  • Semana 1 a 9: é o período embrionário (o bebê é chamado de embrião) e são formados todos os seus órgãos e sistemas (organogênese). É uma fase de intensa proliferação de células. Só para termos uma idéia, o bebê, que começou a desenvolver-se a partir de 2 células, chega ao final da 4ª semana com milhões delas. Esse é também o período de maior vulnerabilidade às substâncias químicas ou os meios físicos e biológicos causadores de malformações.
  • Semana 10 até o nascimento: é o período fetal (o bebê é chamado de feto) e os órgãos já formados sofrerão um processo de crescimento e amadurecimento, até se apresentarem em plenas condições de funcionamento no final da gestação (que dura em média, 40 semanas, mas pode varia de 37 a 42).
Tem um link bem interessante que mostra o desenvolvimento, semana a semana, vale a pena conferir:

 

Ai, novo susto...

Eis que depois de um final de semana tranquilo, com muito repouso e mais uma overdose de filmes e séries, esticada como um lagartão no sofá, tive um susto nesta segunda pela manhã.
Fui ao banheiro e, ainda meio dormindo, bati o olho na calcinha e tinha uma mancha bem grande de sangue escuro, tipo quando a menstruação já deu sinal que chegou e vem a maré vermelha? Ai, gelei. Tentei ficar quietinha, não ficar nervosa e não dar alarme para acordar meu marido pois ainda cedo. Corri para aplicar o Crinone da manhã e o aplicador saiu bastante manchado.
Por uns 30 minutos tentei fiquei quietinha, mas me marido acordou e contei para ele. Resolvi mandar uma mensagem de WhatsApp para o médico, que logo respondeu, dizendo que “o sangramento é comum, mas não é normal, vamos antecipar o ultrassom”.
Ai, que medo, agendei para amanhã às 11h. Torçam por mim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
P.S. Outra coisa estranha, fica saindo uma secreção aquosa, transparente, líquida e inodora na calcinha durante o dia, fiquei encanada, vou perguntar ao médico o que é isso. Amanhã estarei de volta!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sobre o andamento das coisas desde o último Beta

 
E o feriado chegou e agora está quase acabando.... que pena. Não fui pra praia com medo da muvuca e do mau tempo (chuva demais na previsão), mas também para manter o repouso nesta fase inicial após o Beta Positivo.
Estou muito feliz e comemorando cada minuto deste resultado, mas também muito ciente dos riscos. É muito racional dizer isso, mas garanto que é importante estar consciente.
Até agora, só contei para pouquíssimas pessoas. Na segunda, logo depois do 1º Beta, não aguentei e liguei contato para meus pais e sogros. Eles não sabiam dos tratamentos, mas acho que suspeitavam. Ontem contei para minha irmã, que está grávida do 2º filho, mas foi por WhatsApp mesmo, aí fiquei pensando como sou estranha (rs).
Depois do momento “sincericídio” do post anterior, vou contar aqui o que aconteceu nos últimos dias para um update. Também vou tentar escrever posts menores, acho que me prolongo demais e vcs devem ficar com preguiça de ler, é que quero compartilhar todos os detalhes!
Bom, a cada etapa da FIV, uma nova encanação e um novo medo. Pois é, prometi que falaria de todos os sentimentos. Percebi que o negócio é assim mesmo, melhor quando é igual a passei de buggy no Nordeste, tem que ser “com emoção”!!!! kkkkkk
Relembrando o meu “trajeto” e um pouco sobre os acontecimentos da semana passada:
 
16/10/15
D1
Transferência dos 3 embriões (estágio de blastocistos)
26/10/15
D11
Resultado Positivo no Beta Hcg Quantitativo
28/10/15
D13
Sinais de sangramento escuro (não contínuo), cólica e dores nas costas
31/10/15
D16
Secreção de um muco transparente e elástico
03/11/15
D19
Sinais de sangramento rosada com resíduos da medicação e cólica leve

 
- Depois de passar por um stress na quarta à noite no trabalho (28/10/15), tive na hora, dor nas costas e um sangramento em tom escuro. Um pouquinho que saia junto com o resíduo dos medicamentos. Poxa, logo depois de ver o resultado positivo do 2º Beta... Avisei o médico que pediu repouso (não absoluto para ficar na cama imóvel, mas relativo) e abstinência sexual (com toda esta tensão, juro que estou meio off para isso nesta fase... rs)
- Na quinta (29/10/15) fiquei em casa, um susto quando pela manhã, após colocar o Crinome, saiu um pouco de sangue vermelho vivo na posta do aplicador com o resíduo do medicamento. O médico reforçou o repouso, fiquei quietinha em casa.
- Na sexta, quando fui trabalhar e dirigi com muito cuidado. Ainda tive um sangramento de cor marrom escura, do tipo borra, não intenso e não constante, mas saia com os resíduos da medicação ao ir ao banheiro. Tentei não me esforçar muito, tenho me poupado de escadas e movimentos bruscos.
- No sábado, fiquei em casa, embora tivesse que trabalhar, com a equipe me deu cobertura. Levei um susto quando vi saindo um muco – transparente e elástico. Achei estranho, tentei não me desesperar. Fiquei o restante do dia em repouso, vendo filmes (overdose de Netflix)
- No domingo, novamente saiu o muco, mais uma vez, transparente e elástico. Pronto, na minha paranoia, já fiquei imaginando que era a perda do saco gestacional Achei melhor não avisar o médico e ficar bem quietinha em casa.
- Na segunda, feriadão, tudo normal, apenas muitos (muitos mesmo) gases, coitado do meu marido. Algumas cólicas leves e um pouco de dor nas costas. Mais filmes porque a chuvinha convidava para isso.
- Na terça (03/11/15), outro sustinho: no trabalho, ao fazer xixi, saiu um pouco de sangramento rosado junto com a medicação. Tentei não entrar em pânico e fui para a casa
- Na quarta, fiquei bem, mas tive dores de cabeça fortíssimas. Como agora só posso usar o Paracetamol, parece que não passa. Esperando que ela vá embora logo, mas nesta quinta, ainda estou com a cabeça latejando. Nada de enjôos até o momento. 

Portanto, o medo desta fase é um aborto, algo que pode acontecer em até 20% das gestações – em estatísticas gerais – e ainda apresenta índices maiores em caso de tratamentos de Fertilização In Vitro (FIV).
 
Achei alguns links, que compartilho aqui:
- Sobre “sangramento no início da gravidez e abortamento”
 
- Sobre os tipos de abortamentos e fases da gestação
 
Agora vou tentar manter a calma, esperando para ver o(s) saco(s) gestacional(is) e quem sabe, ouvir os batimentos acelerados dos coraçõezinhos deles. Bjs
 
 

Reflexões sobre as emoções após o Beta Positivo na FIV, os medos e as expectativas

Meninas, como prometi desde que criei este blog, contarei aqui todas as minhas emoções e o que vou aprendendo nesta saga, um misto de confissões, desabafo, experiência e informações que recebo dos médicos (mas sempre deixando claro que sou leiga, com discernimento sempre). Entrei na 4ª semana e não tenho nenhum sintoma de gravidez e isso mantem minhas neuroses de sempre (nunca escondi isso de vocês, não é só resultado da FIV!!!!)
Por isso, sempre vou narrar em primeira pessoa todas as comemorações de cada uma das fases com as conquistas e, como é um processo de muita ansiedade e expectativa, vou contar aqui também os meus medos e encanações. Será sempre “sem filtro”, ou seja, não me importo com julgamentos, quero apenas registrar minha história e acalmar mulheres que passam pelo mesmo processo.
Já adiando, este não será meu post mais popular – e depois perceberão isso... (rs), mas é parte da minha proposta da sinceridade de sentimentos e pontos de vista, sempre com abertura para o diálogo.
Percebi, em todo este processo louco de FIV, que informação é muito importante. Há muita coisa bacana na internet e não vivemos mais sem uma “pesquisinha básica” na rede, mas também devemos tomar cuidado com o que é divulgado em um espaço livre como é a web, onde nem sempre pesquisas e dados são comprovados, há fontes pouco confiáveis porque qualquer um vira autor. Sinto isso na minha prática profissional quando oriento os trabalhos de conclusão de curso na faculdade, tanto graduação como pós-graduação e vejo que as pessoas reproduzem coisas que estão em sites com baixíssima ou nenhuma reputação técnica ou validade acadêmica. Assim, é preciso muita cautela ao consultar o Dr. Google.
A internet tem um lado maravilhoso que é permitir que todos nós possamos nos expressar – e estou escrevendo neste blog graças à esta maravilhosa oportunidade – mas por outro lado, também abre espaço para informações desencontradas, plágio, dados equivocados, senso comum travestido de verdade científica, preconceitos, misoginia, retrocessos intelectuais por obscutarismo religioso e ataques à reputações pessoais. Há muita coisa deste tipo nas redes sociais e as pessoas esquecem das consequências jurídicas disso. Vejam o caso recente com a pergunta do ENEM sobre Simone De Beauvoir e a redação sobre violência contra mulher que causou tanto furor nos conservadores de plantão, que ignoram todos os avanços da mulher na sociedade, nossos direitos e vitórias contra o preconceito no que se refere à questão de gênero.
No caso do plágio, já encontrei muita coisa minha – sobre meus artigos acadêmicos e material de pesquisa – divulgados na web sem minha autorização, infringindo os direitos autorais e não são poucos os casos. Não vou relatar aqui para manter o sigilo. Outro caso que fiquei sabendo recentemente foi por meio de uma denúncia anônima que uma mulher em Fortaleza estava usando o meu material para dar treinamentos/workshops e cobrava por isso, tirando apenas meu nome e colocando o dela. Já estou tomando as providências processuais com o advogado, mas é muito chato.
Achei até vários blogs com cópia (e outros com paráfrases) dos meus posts. Pasmem, alguns eram bem pessoais e a pessoa apenas “adaptou” meu relato e escreveu como se fosse dela. Bem chato isso...
Outra coisa são os fóruns. Sei que muita gente pode se ofender com o que vou escrever, mas tem muita falta de informação. Há muita crendice e credulidade. Vejam, não estou questionando a fé e sim o fato das pessoas se apegar a informações sem questionamento ou fontes confiáveis. Não é, de forma alguma, um preconceito contra as pessoas que não possuem formação acadêmica, muito longe disso, mas um alerta para não tomarmos como verdade tudo o que lemos. O melhor é sempre buscar o apoio do médico, que deve ser de confiança – e também acessível. Nosso coração fica tão apertado de angústia pelo medo de perder nossos embriões e ter um apoio profissional é muito importante.
Gente, não é para acharem que acordei “de mal com o mundo”.....kkkkkkk.... Era só para dizer que, como a cada fase temos nossas dúvidas e medos, vou reproduzir aqui tudo o que sentir.
Estou bem ciente das possibilidades de abortamento ou falha de implantação, mesmo após o Beta Positivo. Estou comemorando e vibrando com cada uma das fases, vivendo intensamente.
Mas quando dá aquele medo, com um pequeno sangramento, uma cólica ou qualquer sintoma, corremos para a internet, que é um mundo de informação e ao mesmo tempo, fala tão pouco sobre nosso caso em particular. Nem sempre tem informação médica com qualidade, às vezes em alguns sites de clínicas, como o IPGO que tem coisas legais.
Há poucos sites com informações médicas ou artigos especializados. A maioria dos resultados por busca aparece nos fóruns, como o E-Family ou BabyCenter, em que conseguimos informação por meio de relatos, mas também há “desinformação” porque encontramos pessoas abaladas com seus tratamentos ou passaram por episódios estressantes. Claro que o ambiente de solidariedade nos ajuda, mas são pessoas como eu, que sou leiga nos aspectos médicos e por isso tomo muito cuidado ao publicar informações aqui.
Mas tenho que ressaltar a importância da cumplicidade destes fóruns, não é uma crítica a eles, mas um comentário sobre os nossos medos nesta fase após Beta quanto a um possível aborto e a dificuldade em encontrar informações confiáveis, mesmo porque cada caso é diferente, com um histórico pessoal e o melhor é sempre procurar o médico, a pessoa que nos ajudará.
Por isso vou compartilhar o que sinto e espero poder ajudar com esta “solidariedade” a quem aparecer por aqui, a partir do que estou vivendo, inseguranças e descobertas. De coração, agradeço muito pelo apoio de quem está sempre aqui comigo, é muito especial poder ter pessoas queridas que virtualmente – sem nenhum interesse ou mesmo vínculo – torcem por você.
Meu obrigada, a tod@s, mais uma vez!
P
.S. Como parte da loucura desta fase, vou postar a seguir todas as minhas encanações, ok? Não me exclui das pesquisas no Dr. Google. Faço parte do que escrevi acima, “no filter”.

 



sábado, 31 de outubro de 2015

E mais uma vez, fazendo o Beta Hcg para ver se dobrou...

 
 
Depois do sangramento destes dias – ainda continuo com um pouco, mas em tom escuro e não contínuo – o médico pediu para ter mais cautela com muita movimentação física e refazer o Beta. Não estou em repouso absoluto, mas me cuidando...
A mocinha do laboratório já ficou minha amiga porque estou sempre lá, estou pensando em pedir “cartão de cliente VIP”... Quem sabe tenho algum privilégio para estacionar, porque uma vaga para deixar o carro lá está concorrido, ainda mais agora que não estou caminhando muito.
Como de praxe, sai o resultado online às 16h30 e aquele frio na barriga. Estava no trabalho, naquela expectativa para ver o resultado, mas minha mesa não me dá privacidade. Minha equipe fica bem ao lado e, justamente naquele momento, estavam me questionando sobre o que fazer em um projeto e eu só queria saber do Beta.
Num malabarismo para que não vissem que site eu estava acessando (porque no celular é ruim e não consegui salvar o arquivo do resultado da última vez no aplicativo do laboratório), consegui abrir. Dois segundos e tensão porque eu queria ver um número maior que 1.000 mUI/mL.
Bom, não foi o melhor desempenho, mas dobrou! Estou com o Beta Quantitativo, completando hoje as 4 semanas, de 976,5 mUI/mL.
O histórico tem sido no comparativo a cada 48 horas com o exame:
- Dia 26/10 (seg) = 265,9 mUI/mL.
- Dia 28/10 (qua) = 497,0 mUI/mL.
- Dia 30/10 (sex) = 976,5 mUI/mL
Achei que não fui uma aluna nota 10, fiquei por volta dos 5,5 mas tá valendo, torcendo para continuar dobrando nos próximos dias. Vou aproveitar o feriadão para ficar em casa vendo alguns filmes, já que desisti de ir para a praia por causa da muvuca e trânsito. Curtindo este momento depois de tanto ansiedade (embora eu aind esteja tensa e acho que isso só vai passar depois dos 3 meses). Bjs e um excelente feriadão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Comparativo do Beta Hcg - a cada 48 horas (clique para ampliar)


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Como fazer a leitura do Beta Hcg Quantitativo



Quando recebemos nosso resultado do Beta Hcg quantitativo e com ele a ótima notícia de um Positivo, ou seja, que ele está na faixa esperada, vem aquela dúvida: qual o número ideal? O meu resultado do meu Beta está baixo ou alto?

O laboratório sempre coloca os “valores de referência” para sabermos as faixas, que considera o seguinte (em uma tabela que é comumente utilizada, mas há diferença entre os laboratórios e também é importante conversar com o médico): 

VALORES DE REFERÊNCIA DO BETA HCG QUANTITATIVO

RESULTADO: Até 49 (mUI/ ml) – Negativo
RESULTADO: 10 a 100 (mUI/ ml) – Indeterminado
RESULTADO: Acima de 100 (mUI/ ml) – Positivo
RESULTADO PARA MULHER APÓS A MENOPAUSA - menos de 9.5 (mUI/ ml)

OBSERVAÇÕES:
  • Valores entre 0 e 25: resultado negativo, porém gestantes na primeira ou segunda semana de gravidez podem apresentar valores ainda inferiores a 25, então recomenda-se esperar por mais 10 a 15 dias e se persistir o atraso menstrual repetir o exame.
  • Valores entre 25 e 100: são considerados positivos ou indeterminados (depende do laboratório), na maioria das vezes são considerados positivos. Na dúvida deve esperar por mais 10 a 15 dias e se o atraso menstrual persistir deve repetir o exame;
  • Valores acima de 100: resultado positivo.

Mas, dentro desta faixa, dá para saber se o meu caso está na média ou muito baixo e pode haver algum risco? Os médicos não gostam de falar sobre isso para não nos deixar em pânico. Mas isso é verdade, alto ou baixo, o que importa é que ele esteja dobrando a cada 2 ou 3 dias, que demonstra a evolução do embrião.

Há mulheres que começam com taxas mais baixas e depois terão sua evolução normal, ou seja, não precisamos ter um “valor alto” na largada.

Outro ponto importante é não usar apenas o nível hCG como único medidor de progresso da gestação. Uma gravidez normal podem ter níveis baixos de hCG e um bebê perfeitamente saudável. É o resultado da ultrassonografia, em geral feita na 5ª ou 6ª semana de gestação que complementará os números de hCG.

Atenção: A visível falta de um feto em uma ultrassonografia vaginal após terem alcançado níveis bHCG de 1500 UI / ml é um forte indicativo de gravidez ectópica.
 

Entendo um pouco mais sobre o exame:


O que é o Beta hCG?
O exame avalia a quantidade de Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG), que é um hormônio de glicoproteína produzido na gravidez pelo embrião.

Seu papel é o de impedir a desintegração do corpo lúteo do ovário e progesterona, assim, manter essa produção é crítico para a gravidez em seres humanos. O hCG pode ter funções adicionais, por exemplo, acredita-se que o hCG afeta a tolerância imunológica da gravidez. Testes de gravidez, em geral, são baseados na detecção e medição dos níveis de hCG.

O embrião, quando atinge o útero, produz uma substância chamada de Hormônio Coriônico Gonadotrófico (HCG), o chamado hormônio da gravidez, daí o nome do exame, que indica sua presença ou ausência decorrente da implantação.

No início da gravidez, a gonadotrofina coriônica humana promove a manutenção do corpo lúteo, fazendo-o secretar a progesterona (e esta fará com que o útero se mantenha espesso para que seus vasos sanguíneos e capilares possam sustentar o crescimento do embrião).

Também pode ser um vínculo placentário para o desenvolvimento local da imunotolerância materna e, ainda, estudossugerem que os níveis do hCG estão ligados à severidade do enjôo matinal apresentado pelas mulheres grávidas

 
Qual a diferença entre o Beta Hcg Quantitativo e o Beta Hcg Qualitativo
A diferença entre os exames de bHCG quantitativo e bHCG qualitativo é bem simples: que o quantitativo fornece o resultado em valores por mUI/mL (em valores) e o qualitativo fornece o resultado em positivo ou negativo (como os testes de farmácia).

 
Quando fazer o Beta Hcg?

O exame bHCG de sangue apresenta resultados positivos de 8 a 10 dias após fecundação, pois o ovócito ao ser implantado no útero, imediatamente inicia a produção do hormônio gonadotrofina (bHCG).

Para o exame de urina o ideal é fazer 15 dias depois, pois é necessário grande quantidade do hormônio para a identificação positiva e evitar um falso negativo.

No caso do Beta Hcg Quantitativo, vale lembrar que na gravidez inicial, a concentração do hormônio no plasma materno duplica a cada 2 ou 3 dias e muitos médicos recomendam a repetição para acompanhamento da evolução das taxas.  


Para que serve o Beta Hcg quantitativo - idade Gestacional

Além de determinar a gravidez em uma mulher, também serve para determinar a IDADE GESTACIONAL. Veja a tabela abaixo, com valores médios por semana: 


Tabela - Gonadotrofina coriônica - Beta HCG
Semanas
Valores (mUI/mL)
 1 semana
5 a 50 mUI/mL
  1 a 2 semanas
50 a 100
  2 a 3 semanas
100 a 5000
  3 a 4 semanas
500 a 10.000
 4 a 5 semanas
1000 a 50.000
 5 a 6 semanas
10.000 a 100.000
 6 a 8 semanas
15.000 a 200.000
 2 a 3 meses
10.000 a 100.000


Dica de tabela que calcula o tempo de gestação
É interesse, apesar de ser uma aproximação A calculadora mostra o tempo de gravidez a partir do nível do HCG.  É em espanhol mas dá para entender, é só colocar o resultado do seu último Beta HCG!

 
O meu deu certo!