sexta-feira, 27 de março de 2015

Novamente na TPB (Tensão Pré-Beta)... Socorro!!!



Gente, olha eu de novo aqui na TPB (Tensão Pré Beta). Vcs leram no último post que eu estava meio pra baixo, sem tantas expectativas porque o médico comentou que os embriões tiveram uma evolução abaixo da média, já que dos 6, apenas 2 sobreviveram. E agora estão aqui comigo!!!

Espero que eles continuem comigo por 9 meses, torcendo muito.

Até pensei que o ceticismo neste processo seja resultado de uma blindagem ou auto-proteção que criei de forma inconsciente para me defender de outro Negativo. Pode ser, ainda não sei bem e como sempre digo, este negócio de FIV é uma “montanha-russa de emoções”!

Fiquei tão zuada que até esqueci de pagar o ultrassom na clínica... ops, tudo certo.

Quanto aos sintomas, não estou sentindo absolutamente nada, nadinha. Nem a barriga inchada como na última vez, nem os gases (meu marido agradece... kkkkk) ou qualquer cólica. Hoje já é D8 e nenhum sinal da famosa nidação. Bom, espero que seja assim mesmo.

Para não perder a característica de um diário, deixo o registro dos últimos dias...

D 06 – 25/2 (quarta) = Dia normal, rotina dos remédios e a correria de sempre no trabalho. Só tive dificuldades para dormir, acordei às 3h da manhã e fiquei vendo TV, deve ser a ansiedade.

D 07 – 26/03 (quinta) = Me senti um pouco mais cansada e com um pouco de febre porque fiquei em um treinamento numa sala extremamente gelada, com o ar condicionado trincando. Trabalhei até 22h e caí na cama (morri e ressuscitei no dia seguinte).

D 08 – 27/03 (sexta) = Não sentindo nada, apenas com preguiça e vontade de ficar em casa. Estou sendo bem pressionada no trabalho com metas e isso me deixa pilhada. O médico disse que era para eu curtir estes dias, mas nem tá difícil...

Agora aguardando o Beta, que será na segunda....  Vamos lá, pensamento positivo para o Positivo!

 
 

terça-feira, 24 de março de 2015

Estou grávida... até que o Beta prove o contrário... (rs)



Meninas, depois de outro sumiço após a transferência, venho aqui contar as novidades. Na verdade, não há muitas... Depois de um tempo, tudo vira um procedimento e aquela ansiedade da primeira vez para saber como será já não é mais a mesma. Não significa frieza, mas começa a ser uma batalha diferente.
Escrevo isso pois sinto que nesta 3º tentativa me sinto menos ansiosa e menos focada na questão da FIV. Não sei se isso é bom ou ruim, mas em parte vem do “desmoronamento do castelo de sonhos” após a consulta com o médico no Negativo anterior. Como ele disse que o problema pode ser com a qualidade dos embriões que não se desenvolvem, fiquem um pouco cética sobre o sucesso desta vez.

Desistir? Nunca! Talvez mais racional do que as duas vezes anteriores em que eu estava com a expectativa lá na estratosfera, de tão alta.

Um dos motivos foi o desenvolvimento dos embriões depois de descongelados. Dos 6 embriões, apenas 2 estavam em condições de transferência, sendo 1 blastocisto e outro em estágio de mórula. Na qualidade, o score poderia ser como um A- e um B+  caso exista esta classificação. Não é impossível, mas pelo desenvolvimento dos demais da mesma “fornada” que pararam de crescer, é possível que estes tenham suas chances diminuídas com o passar dos dias após a transferência.

A foto deles............

Vejam o resultado que recebi da clínica logo após a transferência:

 
De qualquer forma, não dá para deixar de lado o pensamento positivo. A ansiedade também tá sempre por aqui e não estou conseguindo dormir bem, muitos pesadelos com a visita dos fantasmas do meu inconsciente.

Vou resumir aqui o que tem acontecido, pois estou meio sem novidades:
 

D 01 - 20/3 (sexta) = Fiz a transferência no período da tarde dos 2 embriões que sobreviveram e outros 4 foram descartados (não sobrou nada... sem congeladinhos extras). O médico sempre muito calmo e gentil, chegou com o tablet com as musiquinhas relaxantes e em meia hora já estava tudo certo. Nem precisei repousar os 10 minutos após a transferência. Novamente vi os pontinhos de luz na tela do ultrassom, fechei os olhos e pedi para “a galera grudar forte lá no meu endométrio” e pronto.
Descansei um pouco e às 18h do mesmo dia já fui para a faculdade dar aulas, pois o médico disse que deve ser vida normal. Me poupei um pouco da movimentação, mas fiquei lá até 23h.


D 02 - 21/3 (sábado) = Teve um evento que organizei com um professor do HC da Unicamp e o auditório lotou, mas já estava cedinho na faculdade organizando tudo, vida normal. Voltei para casa na hora do almoço e descansei o restante do dia.

D 03 - 22/3 (domingo) = O dia chuvoso me fez ficar o dia todo em casa curtindo a preguiça. Somente tive que sair à noite quando meu marido passou mal e o levei até o hospital, que estava lotado. Foi uma crise de labirintite e tive que cuidar dele...

D 04 - 23/3 (segunda) = Um dia de rotina de trabalho, com reunião logo cedo, respondendo e-mails em home office pela manhã e escritório à tarde com muitas reuniões chatas. Fiquei na faculdade até 23h para atender alunos e resolver problemas.

D 05 - 24/3 (terça) = Sem nenhum sintoma, nadinha. Acordei cedo para cuidar da casa e daqui a pouco saindo para trabalhar. A medicação continua a mesma, com 3 adesivos de Estradot a cada 48h (melhor que a Primogyna que usei anteriormente e deu azia), uma aplicação de Crinome pela manhã e um Utrogestan à noite. Ah, mantendo a Aspirina e Metformina.

 
É isso, esperando que tudo dê certo... Bjs

sexta-feira, 20 de março de 2015

Hoje é o dia da 3ª transferência (TEC - Transferência de Embriões Congelados)


Meninas, desapareci, né?! Mas estou de volta para contar que hoje é minha 3ª TEC!

O protocolo de medicação foi o parecido com o ciclo anterior, apenas troquei a Primogyna por adesivos de Estradot (4 de 100mg a cada 48 horas), mantendo o Crinome pela manhã e o Utrogestan à noite.

Depois do último ultrassom e do exame hormonal no sábado, o médico disse estar tudo bem e me passou um lembrete via WhatsApp sobre a transferência nesta sexta, dia 20 de março.

Acabei de ligar na clínica e está tudo certo para as 14h, devo seguir os mesmos procedimentos: sem maquiagem, perfume ou hidratantes e com a bexiga bem cheia. Ah, claro, levando toda a esperança!

Abaixo está o relatório com a evolução dos congeladinhos que recebi por email

Foram descongelados 5 - sendo 1 muito bom, 2 mais ou menos e outros 2 que possivelmente serão descartados. Ainda tem um congelado de D5 que ficou da 2ªTEC, mas acho que este ficará lá, não sendo necessário agora.

Bom, só vou saber como evoluíram na hora em que o biólogo preparar com o médico. Depois passarei aqui para contar tudo...

Ansiosa...   Bjs


 
P.S. Dá para ampliar ao clicar na imagem
 
 
 

quinta-feira, 12 de março de 2015

Hoje é meu níver!!! Esperando pelo maior presente da minha vida...


Meninas, hoje é meu níver! Foi um dia sem muitas novidades... Acordei meio jururu, mas meu marido tentou me animar com café na cama e aos poucos fui melhorando. Cheguei no trabalho e minha mesa estava cheia de balões e presentes, adorei! Teve bolo e tudo.
 
Ainda estou aguardando pelo maior presente da minha vida, mas este aprendi a não ter pressa... ele chegará!!!
 
 
 
 
Passo aqui também para contar como foi a consulta ontem com o médico...
 
Ele me disse que meu endométrio está ótimo, reagindo bem ao Estratod. Precisaria de 7,0 mm e estava com quase 8,0. Com isso, já agendou a transferência para dia 20, próxima sexta.
 
Vamos descongelar os 6 embriões que estão lá, para escolher os melhores e apostar tudo desta vez. OK, se não der certo, vamos gerar mais e entender porque estão com dificuldades de desenvolvimento após D5 e para fixarem. Estou esperançosa, mas tenho a moderação da expectativa que é necessário para a 3ª TEC. Vamos lá!
 
No mais, vou usar a mesma medicação que foi indicada no ciclo anterior. Já comprei os remédios para me preparar. Também fiz o exame hormonal e no fim do dia, quando sai o resultado online, o médico já retornou dizendo que está tudo ótimo e me passou as demais orientações. Ele é muito gentil e atencioso.
 
Agora não tem muito o que fazer... Aplicar a medicação e aguardar a transferência.
 
Bom, vou aproveitar o finalzinho do dia do meu níver. Passarei por aqui para contar as novidades e lançar aquelas questões polêmicas envolvidas com os tratamentos de fertilização.]
 
Bjs

segunda-feira, 9 de março de 2015

Como os tratamentos para fertilização interferem na intimidade do casal?

 
 
Meninas, estou sempre lançando algum questionamento para nosso debate sobre todo este processo longo dos tratamentos de FIV. Hoje vou tratar de um tema sobre o qual tenho refletido nos últimos dias...
Gostaria de comentar sobre como os tratamentos para fertilização interferem na intimidade do casal. É algo complicado, que não falamos tanto e muitas vezes acabamos fingindo que não atrapalha. Mas, na minha percepção, vejo que acaba influenciando o relacionamento, algo meio velado, um assunto que fica camuflado em todo este processo.

Não sei qual a opinião de vocês e gostaria que comentassem aqui. Vou escrever algo que tenho percebido no meu relacionamento, mas pode ser muito específico do casal e não acontecer com todos.
 
 

Quando iniciamos o tratamento, significa que já ficamos algum tempo como “tentantes” nos meios naturais ou com procedimentos mais lights, vamos assim dizer. Quando partimos para a FIV, há todo um histórico e o casal já está junto há alguns anos.
 
No começo do casamento é aquela maravilha, o sexo é bem frequente, sem compromisso, sem horário e sem a pretensão de uma gravidez. Aliás, no meu caso, o projeto para ter filhos seria apenas para depois do terceiro ano de casamento. Mas quando percebemos que chegou a hora de engravidar, muda bastante. O desespero de quando estamos ovulando, dizemos “é hoje!” e tem que ser, o marido tem que comparecer. Por exemplo, quando investimos em lingeries para deixa-los mais animados, até na hora de compra-las há um motivo ou "segundas intenções" para uma finalidade bem específica do seu uso (não para sedução mas para procriação...). O sexo passa a ser um compromisso, às vezes com dia certo para acontecer e, para aumentar as chances, tem que ter certa frequência, mesmo quando estamos cansados. Isso vale tanto para o homem quanto para a mulher.

Durante o processo da FIV, já pensando depois de todos os exames, porque a realização deles, a ansiedade pelos resultados e diagnósticos ou mesmo as conversar com o médico são bem desgastantes, aí tem um novo ciclo. Quando começamos a medicação para a indução de ovulação, a barriga fica inchada, perdemos um pouco do tesão e a preocupação com o tratamento ganha novos contornos. O marido fica apreensivo e nós concentramos muita energia nas rotinas e horários das injeções.
Aí tem a punção, ficamos “de molho” um tempo. No meu caso, como tive hiperestímulo, vixi... passei muito mal e para rolar sexo, demorou um tempo.

Parece que nossa vida sexual se torna pública, ou seja, o médico diz que dia pode acontecer, a equipe técnica faz questionamentos e tudo passa a ser monitoramento ou investigado.
 
Depois que fazemos a transferência, tem o período em que ficamos aguardando o resultado tal esperado do Beta, naquela ansiedade absurda e fazendo o repouso. Quando não dá certo, a tristeza do Negativo nos abate e não dá vontade nenhuma. O casal se une psicologicamente, mas se afasta fisicamente.
 
Quando vem a menstruação por cerca de 2 a 4 dias após o Beta Negativo, vamos nos preparando para os próximos passos e aí a pressão deixou algumas marcas até que tudo volte ao normal. No meu caso, após o negativo na 2ª TEC, voltamos a nos relacionar cerca de 2 dias após o término da menstruação, mas tive dores e um sangramento (vermelho vivo), o que me deixou preocupada, mas não falei com meu marido pois já tinha percebido que ele estava meio “travado” depois de todo processo e com medo de machucar. E os medicamentos também afetam nosso desejo sexual, não dá para negar.
 
O que avalio, então, é que um cuidado importante é para não deixar que a pressão do tratamento não afete a intimidade do casal. É difícil contornar toda a carga emocional, mas esta química entre marido e mulher deve ser mantido, apesar da impessoalidade que toma conta de nossa rotina, com os medicamentos e tal, como compromissos. Acho que é isso, para reflexão da semana: como não deixar que os procedimentos da FIV atrapalhem a relação e intimidade do casal? Estou me esforçando para isso não acontecer. O respeito é importante, mas dar atenção ao outro é essencial, pois o tratamento da FIV não pode ser um fim em si.
 
 
 
Para colaborar nesta reflexão, segue um link interessante sobre o tema, com um artigo escrito por Ana Rosa Detilio Monaco, psicóloga da Fertivitro — Centro de Reprodução Humana.
 É possível preservar a vida sexual no tratamento de reprodução humana

P.S. Na quarta tenho consulta com o médico (um ultrassom para ver como está o endométrio para a transferência), então saberei quando será o dia e mais detalhes sobre a qualidade dos embriões, que é nossa suspeita das falhas dos procedimentos das FIVs que não deram certo.

Bjs e uma ótima semana!

 

domingo, 8 de março de 2015

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Meninas, faz um tempo que não apareço por aqui, né?!
 
A vida anda tão corrida que não consegui reservar um tempo ao longo da semana. Foi um agito total e até esqueci um pouco do tratamento para a 3ª TEC (colocando os 3 adesivos de Estradot 10 mg e aguardando o ultrassom).

No trabalho teve almoço e reunião com o presidente da empresa, reunião de diretoria, visita para parcerias, problemas do dia a dia com gestão de conflitos no trabalho e ainda preparar aula na faculdade. Ufa... É por toda esta correria que passei por aqui para deixar um recado para todas as mulheres que vivem nesta correria.
Esta é uma mensagem para nós, guerreiras, que lutamos para conquistar nosso espaço e resistimos aos preconceitos que infelizmente ainda existem na sociedade. Embora tenhamos salários menores que os homens, o que é um disparate com toda nossa competência, pois já somos maioria nos bancos escolares e formação em relação aos homens (na graduação e pós). Apesar de tudo isso, não desistimos de mostrar ao mundo que nossa força não exige nosso lado doce. Isso não fere nossas vitórias. Com todas as conquistas profissionais, também queremos ser esposas dedicadas e receber o recíproco respeito dos companheiros. Queremos ser mães sem ter que sentir o peso de uma decisão entre a carreira e a maternidade. Queremos a igualdade, a oportunidade e o reconhecimento.
Parabéns a todas nós, neste “Dia Internacional da Mulher”! (com direito a uma brincadeirinha com os homens... rs...só para descontrair o discurso do post... )


segunda-feira, 2 de março de 2015

Contar ou não para família e amigas próximas sobre o tratamento de fertilização?


No sábado comecei preparação para a 3ª TEC. Com a menstruação (dia 28/2), coloquei 3 adesivos de Estradot 100mg (em substituição ao Primogyna que me deu muita dor de estômago). Vamos lá, tenho 6 congeladinhos de D3 e espero que evoluam bem até o D5 para transferência.

Mas hoje acordei pensando em outro assunto... Estava refletindo sobre o fato de contarmos ou não para parentes e amigos sobre nosso tratamento. No meu caso, este tem sido um segredo, fica comigo e meu marido. Não sei se é a melhor opção, mas realmente é nosso "segredo de casal".
 
 

Algumas amigas próximas (uma amiga de infância que mora fora do Brasil e três amigas desde a época de faculdade) ficaram sabendo que fiz o congelamento de óvulos.
 
Uma destas amigas, que está solteira, também fez o congelamento dos óvulos porque ela pretende um dia ter filhos e, com o avançar da idade e por não ter ninguém no momento, resolveu se precaver. Acho que é interessante e contei que fiz o mesmo, pois apesar de estar casada, disse que ainda não queria ter filhos. Não é verdade, mas se contasse tudo, seria muita pressão.
 
É exatamente por esta pressão que já sofremos quando não dá certo, fico imaginando por adicionar a pressão destas outras pessoas, com mais expectativa e ansiedade. Já tenho o suficiente e aí resolvi manter em segredo.
 
Acho que minha irmã e cunhada desconfiam, assim como minha mãe, mas este é um assunto do tipo "tabu" e ninguém tem coragem de me perguntar. Também não vou falar e está bem assim.
 
O pior é que, como não queria que ninguém soubesse no trabalho ou mesmo entre conhecidos. Mas como a cidade, apesar de grande, não impede encontros casuais, aconteceram dois casos.
 
Um deles foi ainda na época que comecei o uso da medicação para estimular a produção dos óvulos, ainda em novembro do ano passado. Ao sairmos da clínica, a loja que vende a medicação especial fica bem ao lado da entrada do consultório, na verdade, é o mesmo prédio e não sei se o meu médico tem relação. Mas ao sair, demos de cara com um grande amigo do meu marido, que estava saindo da loja com uma sacolinha com medicação. Não sei se ele fingiu que não nos viu (ou não viu mesmo), mas no nosso caso, fingimos não ter visto. Ficou aquela coisa estranha... será que ele está fazendo tratamento também?
 
O segundo caso foi no dia da transferência. Ao descer as escadas da clinica para a sala de preparo, dei de cara com um aluno da faculdade, que trabalha na clínica como consultor do sistema de informática. Cumprimentei, meio sem graça e já fiquei imaginando que ele contaria para a sala toda. Na quinta passada, eu estava na minha sala na faculdade, ele entrou e foi conversar com meu colega na mesa ao lado. Fingimos que nada tinha acontecido, pois suponho que ele saiba separar as questões profissionais.

No mais, tenho mantido o segredo para evitar que a pressão seja ainda maior - mesmo que seja de pessoas que querem nosso bem e o sucesso do tratamento - mas aí lidar com a frustração de outro negativo e ter que dar explicações pode ser ainda mais penoso.
 
E vocês, meninas, quem está fazendo o tratamento da FIV tem contado para familiares e amigos? Me contem.... Gostaria de ter outras opiniões.

:)