segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Mais uma dúvida cruel

 
Meninas, como têm passado? Minha vida voltou à rotina de trabalho depois que me recuperei da punção dos óvulos. Como foi em um sábado, passei o final de semana quietinha e na segunda já estava em pleno vapor, senti apenas um pouco de inchaço na barriga porque foram muitos folículos, mas estava com tanto problema para resolver com a equipe que até esquecia durante o dia. Aí me lembrava que receberia a ligação da embriologista, dava o friozinho na barriga... Agora já temos os 6 congeladinhos guardados na clínica!
Foi uma etapa vencida, agora aguardando o ultrassom para decidirmos sobre a retirada ou não do “miomão”. Na verdade, nem é tão gigante, tem 4,5 mm, mas é intramural e na maior parte externa ao útero, só resta ver se está afetando a cavidade.
Fiz uma pesquisa (na internet mesmo) e os especialistas se dividem sobre a retirada ou não. Também passei por consultas e acontece a mesma coisa, alguns sugerem a retirada e repouso de 6 meses até transferência, outros dizem que haveria o risco de uma “cicatriz” no útero onde ele está e que não valeria a pena.
Meu marido acha que devemos fazer uma tentativa sem a cirurgia. Como os embriões foram congelados em 3 lâminas (com 2 em cada), teríamos teoricamente 3 chances. Oh, dúvida cruel.
E aí passo para contar outra coisa que aconteceu nesta semana: meu diretor na empresa me chamou para fazer um convite: assumir a direção em uma unidade nova, a mais importante do grupo. O salário seria muuuuuuito bom, com muitas vantagens financeiras e de status profissional, mas também muuuuuuito trabalho e disputa de egos. Além disso, teria que me mudar para SP e ter uma vida muito mais corrida na loucura do ambiente corporativo.
Putz, de cara, já pensei em recusar. Acho que ele percebeu isso, disse que poderia pensar até hoje. Vou falar com ele. Pode ser que eu esteja abrindo mão da oportunidade profissional da minha vida, mas não posso abrir mão do projeto pessoal maior da minha vida. Estou me preparando em todos os sentidos para ser mãe e, se não der certo, ao menos tentei de todas as formas que pude.
Estou finalizando alguns trabalhos de casa e vou conversar com ele hoje à tarde. Vou seguir meu coração. Acho que emprego conseguiremos outras oportunidades se mostrarmos competência, mas a chance de ser mãe – e pelo avançar da minha idade já nos 3.8 que cheguei – não voltam mais. Ufa, decisão difícil, mas acho que já está tomada. Seguindo meus sentimentos e meus sonhos...

Uma ótima semana para todas!!!! Bjs
 
 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Continuando com “Good News”!



Meninas, estou de volta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Foram dias super intensos no trabalho, mas também no processo da FIV. Vou resumir aqui os últimos acontecimentos.

Depois da ligação do médico no domingo, recebi a ligação da embriologista na terça, conforme esperado. Ela foi um amor e disse que os embriões estavam evoluindo muitíssimo bem! Alguns foram descartados devido à fragmentação e estávamos com 15 bem lindinhos, que maravilha. Estava no trabalho, fui até um cantinho para falar com ela e fiquei uns minutos paradinha depois da ligação, respirando fundo e torcendo para que continuassem a crescer.

Aí fiquei na quinta esperando a última ligação – e decisiva -  da clínica. Foi outra embriologista que ligou, mas muito simpática também e trouxe ótimas notícias!!! Ficamos com 6 embriões de qualidade muito boa, ela disse que são “embriões de livro de medicina”, de tão bonitinhos!  Ufa, maior euforia, mas tive que respirar fundo e voltar para uma reunião tensa de trabalho com o presidente da empresa para explicar os resultados das metas e orçamento. Apertei a tecla "SAP" no cérebro, apenas da vontade de sair de lá para comemorar :)

Passei o dia muito feliz e meu marido estava viajando a trabalho, ficou contente demais quando liguei para ele, contando a novidade. Até imaginamos que ficariam uns 9, mas s embriologista informou que a taxa é essa mesmo para chegar até D5 de blastocisto, que foi uma boa “safra”... rs.

Nesta terça cedo, fomos conversar com o médico, ele disse que as dúvidas sobre os embriões não seriam a causa principal, já que são de qualidade e evoluíram bem. Ainda ficou a dúvida sobre a retirada ou não do mioma. Ainda não estou segura quanto a isso e prefiro fazer uma tentativa sem retirar, pois tenho apenas um de 4,5 mm que é intramural e não está afetando internamente o útero ou abaulando a cavidade. Pois é, sempre há um dilema na minha história. Resolvo um, aparece outro... Mas espero que seja questão de tempo e que tudo logo se resolva.

Ficou então decidido que farei um ultrassom para ver como este mioma está se comportando após as doses de hormônio (e ele teve uma mega dose!) para decidirmos. Obviamente, será com um médico da clínica (tudo particular) e aí vem aquela dúvida que sempre é “pacote amarrado”, tipo venda casada, quando indicam quem é o profissional que deve fazer. Não gosto disso, mas acredito na ética dos profissionais envolvidos, prefiro pensar assim.

No dia 16 farei então o ultrassom e então conversarei novamente com o médico. Ele disse que iríamos transferir 2 de cada vez. Comentei que tinham sido 3 nas tentativas anteriores, mas deixamos em aberto para pensar melhor depois do exame. Aguardando......... Bjs a todas!
 
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domingo, 16 de agosto de 2015

E hoje o domingão começou com “good news”!!!


Depois de dormir muito ontem depois da aspiração dos folículos e (ainda bem!) não ter nenhum sintoma de hiperestímulo, só um pouco de inchaço na barriga, o que é normal, acordei neste domingo com o telefone tocando. Era o Dr. nos ligando!!!
Como sempre, muito fofo e calmo, me explicou que dos 28 óvulos maduros que foram aspirados, 19 foram fecundados, uma excelente taxa. De ontem para hoje, 3 deles estavam um pouco anormais e então foram descartados. Com isso, sobraram 16 e agora torcendo para que fiquem bonitões na evolução.
Os que evoluírem, serão congelados pois aí precisamos decidir se faremos a análise genética (o tal hatching ou PGD). Caso tenham uma boa evolução até o dia 5 de blastocisto, o que mostraria um bom desenvolvimento embrionário e que não era este o problema das falhas anteriores (a ser analisado ainda... ), devemos olhar com mais cuidado para os miomas. Ou seja, se os embriões se desenvolveram bem, o endométrio e os miomas podem estar afetando? Aí devemos pensar na extração e novas estratégias.
Para não sofrer por antecipação (algo difícil para uma pessoa ansiosa como eu... rs), é melhor esperar esta evolução. O dr. me ligará em dois próximos dias-chave: na terça e na quinta. Só então saberemos o que fazer. Confio nele e acho que estamos indo muito bem. Agora é só aproveitar o restinho do final do domingo porque esta semana será cheia de novidades, tanto no trabalho como agitada no trabalho.
Agradeço por todo apoio que tenho recebido de vocês, com mensagens muito carinhosas! Meninas, vcs têm sido fundamentais para me dar força neste processo. Poder contar tudo o que acontece aqui me ajuda a desabafar mas também espero ajudar quem está passando por algo semelhante em todo este turbilhão de consultas, procedimentos e expectativas... Bjs
 

 

sábado, 15 de agosto de 2015

Good News... and Bad News

Comentei no post anterior ao relatar a punção sobre a “boa notícia” que foram os 28 óvulo maduros da aspiração, mas teve notícia não tão boa assim...
 
Na seção “bad News”, na segunda-feira cedo, depois de fazer o ultrassom, pedimos para falar com o médico e ele comentou que, devido aos meus miomas, não apenas teríamos que congelar os embriões, mas também que precisaria remover os miomas antes da transferência. Aí fiquei confusa, porque a linha de investigação estava centrada na qualidade dos embriões e depois passou para o processo de seleção das escolhas dos espermatozoides pelo probleminha da varicolece do marido e, de repente, surgi a cirurgia que retardará a transferência em pelo menos 6 meses.
 
Fiquei bem chateada e ele disse que, embora o mioma não seja a causa do insucesso, pode ser um elemento que atrapalha. Por isso, no processo de exclusão, sugere retirá-los antes. Há um maior intramural que pode atrapalhar, já que os demais ficam fora da cavidade do útero.
 
Aí saí de lá bem chateada, pensativa e fui trabalhar... Fiquei esperando o orçamento que a enfermeira passaria por email porque, apesar de ter 2 planos diferentes de saúde, o médico só faz particular (o hospital pode ser pelo plano de saúde, mas a equipe médica não). Aí chegou o orçamento, total de quase R$15mil (médico + equipe). Que paulada!!! Aí fiquei pensando se preciso mesmo tirar o mioma e se seria mais um desgaste físico, financeiro e emocional.
 
Lembrei que minha mãe teve problemas com miomas e, após ter o 3º filho, mas ainda jovem, fez uma cirurgia como esta e teve que retirar o útero todo. Ou seja, bateu o medo, pois eu posso perder qualquer coisa neste processo e continuar as FIVs, só não posso perder o útero que aí não dá mais.

Fiquei mal e tentando não pensar no assunto, me envolvendo na correria do trabalho. Lá pelas 18h, fui com o pessoal comer algo na cantina e fiz algo que raramente acontece: pedi uma coxinha! Ela parecia tão suculenta (apesar de engordativa) que comi e voltei ao trabalho. Duas horas depois, me senti mal e tive que ir para casa mais cedo (já que trabalho até 22h). Já fui segurando no carro e nunca dirigi tão rápido até minha casa. Entrei correndo e fui vomitar.

Meu marido se assustou e, além do vômito, um super piriri. Isso aconteceu por uma hora, até que na décima vez, comecei a vomitar e evacuar sangue. Meu marido ficou preocupado se fosse hiperestímulo, mas achando que era intoxicação alimentar, fomos até o hospital com uma malinha com o remédio para aplicar lá. Pois é, nunca passei tão mal assim... Virei a noite internada, tomando soro. Como não tinha o celular do médico, não consegui contato e aplicamos a medicação assim que melhorei um pouquinho.

Na terça fui trabalhar normalmente, meio jururu, mas faz parte. Meu marido falou com ele por telefone e ele disse que foi muita pressão da notícia que juntou com a intoxicação mas que conversaria conosco para me acalmar.

Na quarta, fizemos ultrassom e estavam lá uns 40 folículos bombando nos meus ovários. A médica como sempre muito atenciosa, explicou que seria a punção na sexta ou sábado. Aí entrou o médico, que veio calmamente saber como eu estava. Disse que não preciso fazer a cirurgia para retirar miomas, mas para pensar se pode estar atrapalhando. Explicou os procedimentos e pediu para esperarmos a evolução dos embriões, o que vai interferir em nossa decisão. Foi isso... Aguardando as “good news”... Bjs
 

E hoje foi o dia da punção!!!


Depois de uma semana tumultuada nesta fase final de estímulo à ovulação nesta 3ª tentativa de FIV – depois conto tudo aqui – foi uma tranquilidade o processo de punção.
Cheguei às 7h na clínica, já fui encaminhada ao quarto para me trocar pois não pode atrasa e estava marcado o início para as 7h30. Reconheci a enfermeira que trabalhava na outra clínica, perguntei se ela lembrava de mim e ela disse que trocou de emprego para buscar novas oportunidades. Nem quis saber muito o que aconteceu, mas com certeza o clima nesta nova é muito melhor, pelo menos vcs podem imaginar pelo que contei aqui sobre os motivos da minha troca de médico.

A médica que fez a punção e o anestesista foram muito simpáticos, conversamos um pouco sobre assuntos aleatórios – porque quem me conhece pessoalmente sabe que falo pra caramba, estou sempre de bom humor e adoro contar “causos” engraçados. Logo logo já dormi com anestesia e parece que, num piscar de olhos, fui encaminhada ao quarto. Como sempre, acordei com a maior fome!
A médica passou no quarto para dar a excelente notícia de que foram 28 óvulos maduros e bonitos, dos 38 folículos que estavam mapeados no ultrassom da quarta-feira. Iupi!!!!! Vamos torcer para que sejam de boa qualidade, pois o grande dilema de quem tem SOP (Síndrome do Ovário Policístico) como eu é que há grande quantidade, mas nem sempre qualidade...

Peguei a receitinha do Dostinex para evitar sintomas de hiperestímulo, mas saí super bem e às 9h da manhã já estava devidamente acomodada no meu sofá em casa, com cobertorzinho, vendo TV, o que fiz o resto do dia até agora.
Agora é só torcer para que os embriões evoluam... Parece que me ligarão amanhã ou na segunda para sabermos quanto conseguiram vingar. E, o ponto crucial, quanto irão se desenvolver até o quinto dia como blastocisto.

Como não tinha ainda comprado o remédio, vou sair agora e aproveitar para dar uma voltinha. A barriga tá meio inchada, mas estou bem e não consigo ficar muito tempo parada em casa!!!
 
 

domingo, 9 de agosto de 2015

E hoje minha homenagem é para eles, nossos maridos e “pais de FIV”


Neste dia dos Pais, com as redes sociais bombando com fotos com os filhos, um Facebook de mensagens das esposas, imagino que meu marido sinta algo parecido com o que sinto no dia das Mães. Por isso, o post de hoje é uma homenagem a todos nossos maridões, companheiros neste processo de quem é tentante e de quem está bem perto de conseguir realizar seu sonho.

Penso que todo o processo da FIV é muito marcante para a mulher, no aspecto psicológico e físico, mas que o homem não pode ser excluído de forma alguma. Talvez eles não consigam se expressar da mesma forma que nós, mas também sentem muito toda a pressão.

Meu marido tem sido carinhoso e um ótimo enfermeiro ao aplicar as injeções (rs...). Saber que ele está por perto, que cuida de mim e que faz o melhor para tudo dar certo, é uma parte importante de tudo isso.

Quero muito que no próximo ano já estejamos com nosso(s) filho(s) no colo no próximo Dia dos Pais e, enquanto isso não acontece, fica minha mensagem ao meu companheiro nesta trajetória – que estendo a todos os maridos que passam por algo semelhante.

Como já havia comentando, não contamos para ninguém sobre as FIVs, ficou um segredo nosso. Pode ser que o peso deste segredo seja maior por não compartilharmos com a família, mas optarmos por ficar somente conosco, até que tudo dê certo. Não sei como será o andamento deste ciclo, mas se eu mudar de ideia contarei aqui.

Outro segredo é este blog, ele não sabe que escrevo e não lerá a homenagem, mas fica aqui o registro de meu agradecimento por cuidar de mim e por sonhar comigo neste nosso desejo.

Hoje aplicarei, além do Gonal e Luveris, também o Cetrotide. Amanhã cedo tenho meu terceiro ultrassom (último antes da punção, acho que será na sexta, não sei bem, dependo dos óvulos aqui no reservatório... a barriga tá inchada e espero que estejam bonitões). Bjs e uma ótima semana a todas!


sábado, 8 de agosto de 2015

No processo de indução esperando pela 3ª FIV


Nesta semana foi tudo tranquilo, no processo de indução que comecei na segunda, dia 3, com o Gonal. Estou aplicando sempre às 22h para fazer tudo direitinho, mas na verdade, quem aplica é o maridão. Ele já está ficando craque nisso e nem deixa a barriga roxa.
Engraçado que ele fica com pena de mim, porque sou meio reclamona (rs....) que até fez um aplicação nele (com a caneta vazia do Gonal) para ser solidário. Achei tão bonitinho, tão companheiro!!!

Na sexta, pela manhã, fiz o 2º ultrassom. Vi o Dr. P. subindo as escadas, nos cumprimentou mas não foi ele que fez o ultrassom, foi a dra. Márcia. Já percebi que ele só faz a primeira consulta e dá as diretrizes, mas delega o restante para a equipe.
No ultrassom, não anotei quanto são os folículos maiores, mas acho que deve ter uns 12 grandinhos no ovário direito e uns 9 no esquerdo. Espero que continuem assim para que todos sejam aspirados, bem maduros e bonitos.
Saí de lá e fui para o trabalho, agora não estou pensando tanto na FIV como nos primeiros dias que retomei o tratamento, mas ajustei toda a minha vida para não alterar os horários da medicação.
Hoje, sábado, além do Gonal, comecei a aplicar também o Luveris. É parecido com o esquema do Menopur. Para ver como aplicar, assisti ao vídeo que explica direitinho: https://www.youtube.com/watch?v=mzlg_1AwLEY

Amanhã serão 3, com Gonal, Luveris e Cetrotide. Torcendo para tudo dar certo!!!

 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Explicando porque troquei de clínica para a 3ª FIV



Estou tentando me concentrar no trabalho, mas agora que comecei o novo ciclo de indução para minha 3ª FIV, só consigo pensar no assunto... Fiquei “off” no período de férias, mas agora voltou aquela ansiedade. Mesmo sabendo tudo o que vai acontecer pelos protocolos, não há novidades sobre os procedimentos, mas a expectativa é mais para saber como ficarão os embriões, ou seja, como meu corpo vai reagir – e também os espermatozoides do maridão que precisamos captar os melhores.
Aí me concentro um pouco no trabalho e, de repente, fico pensando no processo da FIV...

Então resolvi colocar aqui neste post algo que estou pensando e foi parte das decisões nesta fase: os motivos pelos quais troquei de clínica. Adiantando o final do post, para mudar de clínica, tive que mudar de médico.
Acho que até devo isso ao médico que cuidou da gente no ciclo anterior. Obviamente ele não sabe do blog... rs... mas é algo meu e quero registrar aqui, já que a intenção do blog era essa também. E tem me ajudado bastante a lembrar como foi cada uma das etapas anteriores, com dúvidas que surgem e então dou uma espiadinha aqui nas postagens.

Bom, não tenho colocada aqui o nome dos médicos, por uma questão de preservação do profissional, mas quem quiser saber mais, pode me mandar um email (daniela.pessoa.blog@gmail.com). Se eu demorar para responder, me chamando pelo blog também responderei mais rapidinho.
Agora segue o momento da sinceridade do que achei em todos os procedimentos que passei.


FASE: PRIMEIRAS CONSULTAS PARA “TENTAR ENGRAVIDAR”
Antes de decidir pela FIV, em 2009, comecei a fazer os primeiros exames. Casei (oficialmente) em 2006, parei em 2008 com o anticoncepcional e estava naquela fase “se rolar, rolou”. Quando uma amiga de trabalho engravidou, resolvi ir ao ginecologista que cuidava dela e aí ele identificou meus ovários policísticos. Após o uso de indutor de ovulação para coito programado no início de 2011, fiquei estagnada até 2013. Melhor: em 2011 e 2012, procurei um excelente profissional, professor da PUCC com clínica em Cps que começou a nos apresentar a ideia da FIV, acho que até deveria ter seguido com ele, mas tínhamos dúvidas e ainda achava que tudo aconteceria naturalmente... Teve um cara chato que comentei no blog por indicação de uma amiga que nem vou mencionar.

 
FASE: A PRIMEIRA FIV
Em 2013, um casal de amigos, que sabíamos dos problemas que ele teve com câncer no testículo e ela com 40 anos – eles estavam na fila da adoção por tudo isso e, de repente, ficaram grávidos de gêmeos. Pedi o contato da médica, que esta amiga disse ser “um amor, mas um pouco atrapalhada”. E foi isso mesmo. Fiz a consulta e ela é extremamente atenciosa, mas muito desorganizada e tudo parecia “tentativa e erro”. Ainda assim resolvi continuar os procedimentos. O que a princípio seria uma IA (inseminação artificial), como gerei muuuuitos folículos, virou FIV no meio do caminho.

Esta médica é professora de cursos de Medicina, parece competente, mas vários problemas de falta de organização geraram muito stress com a clínica e aí vem todo o problema. A clínica... Pois é. Eu estava com a barriga estourando de óvulos maduros – e com hiperestímulo e a dona da clínica (ela é quem gerencia e o marido é o médico principal, mas tem uma equipe grande e é uma clínica bastante conhecida, em particular por cuida de problemas de infertilidade masculina). Quase perdemos tudo, uma total falta de sensibilidade dos profissionais administrativos e a médica bastante perdida em todo o processo. Stress total. Além disso, sempre tinha uma ligação da clínica com cobrança extra, nunca sabíamos de fato qual o valor total.

FASE: A SEGUNDA FIV
O médico foi muito atencioso, já descrevi bastante sobre ele nas postagens e detalhei todo o processo no blog com pormenores do tratamento. O problema foi a clínica, que sempre pareceu muito interessada em dinheiro, ou seja, só podia “descer as escadas para a parte dos procedimentos” quando tivesse compensando a transferência dos valores.

Além disso, a dona/gestora da clínica foi extremamente insensível conosco em momentos bem complicados do tratamento, porque não é só uma questão de grana, mas de sentimentos e expectativas. Na 1ªFIV quando os exames sorológicos estavam com alguns dias a mais do prazo e ela não permitiu a punção, viramos a cidade atrás de um laboratório que fizesse no prazo para eu não perder os óvulos maduros e que não fosse interna com problemas sérios com o hiperestímulo, pois fiquei muito mal mesmo, com dores e líquido na barriga, febre e muito mal estar até para respirar.
Depois foram cobranças que chegavam a todo momento, dizendo que faltava pagamento de material, depois de honorários de enfermagem, depois de taxa de congelamento e outros.

Aí a “gota d´água” veio na segunda FIV, assim que tivemos o negativo e estávamos fazendo as contas para começar novo processo para transferir os embriões restantes, fizemos um questionamento e ela foi grosseira demais. Eu que estava chorando pelo negativo, comecei a chorar pela falta de sensibilidade e respeito que ela demonstrou neste momento. Até copiou o médico e foi um constrangimento total. Ele sempre foi gentil e a equipe dele também.

FASE: A TERCEIRA FIV
Ainda não consigo ponderar sobre a clínica, mas deu para perceber que tratam tudo com muito profissionalismo. O médico principal é muito ocupado, vive em congresso e nos atendeu no início. Nas demais fases, é a outra médica da equipe que está acompanhando, mas é bem atenciosa. Vou comentando aqui as impressões.

 
RESUMINDO: Adoro o médico que fez a 2ªFIV, confio nele e na equipe. Não tenho dúvidas da competência e integridade dele, mas estou trocando por causa da clínica.

Não sei se ele (chamarei aqui de Dr JV) já perdeu outros pacientes por este motivo, mas foi o que pegou no meu caso.
Então, agora procuro uma clínica que me cuide bem neste momento, que tenha um processo humanizado porque é tão difícil tudo isso e ainda assim não há como ter certeza de que dará certo. Tenho consciência que posso ter outro negativo. Isso faz parte.
Deixo aqui meus agradecimentos ao Dr. JV, um profissional que recomendo muito!

 

terça-feira, 4 de agosto de 2015

O que aprendi com as FIVs? Fazendo um balanço sobre o processo de fertilização, ansiedade e expectativas...


 
O post de hoje é mais reflexivo... Quem lê o título parece que já consegui o positivo e estou contando o aprendizado depois de um processo finalizado. Na verdade, ainda estou no processo, mas sei que logo vou conseguir. Ainda estou no caminho, mas espero ansiosamente pelo destino. Não desistirei, como já escrevi várias outras vezes.

Como comecei um novo ciclo de indução na segunda, para quem está acompanhando, terei um ultrassom na sexta e possivelmente a punção entre daqui a uns 9 a 13 dias, não dá para precisar ainda porque vai depender da evolução dos folículos.
Eu estou com um tantão deles no ovário, porque são policísticos e isso ajuda neste momento, mas o problema é que todos precisam crescer no mesmo ritmo. Então a torcida é para o corpo reagir bem, para que todos cresçam uniformes (que não tenha aceleradinhos que fiquem maiores porque isso atrapalha) e os pequenininhos não são puncionados.

Aí fiquei pensando neste processo e o que tenho aprendido com tudo o que aconteceu nos últimos tempos...

Na verdade, fui mais longe, desde que fui à primeira consulta em 2008 para saber porque não estava conseguindo engravidar após 6 meses de tentativa. Eu nem poderia imaginar que aqueles meses se transformariam em anos de tentativa.

Já se passaram 7 anos e foram “tantas emoções”, como cantaria Roberto Carlos... kkkkkk

Nas FIVs, aprendi bastante sobre o processo, mas também aprendi sobre mim.


Aprendi a ser paciente com a natureza, comigo e com a vida

Aprendi a respeitar o meu corpo e o seu ritmo
Aprendi que não posso controlar tudo como gostaria – e que por muito tempo achei que pudesse, o que gerava uma baita ansiedade

Aprendi que as pessoas dão muito palpite e não precisamos contar tudo para os outro

Aprendi também que não somos “de ferro” e autossuficientes, por isso precisamos de alguém para compartilhar

Aprendi que precisamos tirar força de uma parte de nossa personalidade que nunca soubemos que ela existia até então

Aprendi que a força não é deixar de chorar, mas é chorar porque ainda temos força para tentar

Aprendi que o mundo não será do nosso jeito, mas que mostramos ao mundo que fizemos nosso melhor.
 
Por hoje é só... Finalizando o post porque está na hora da 2ª picadinha de Gonal do ciclo. Bjs


 

Começando a indução com Gonal F, de novo as picadas com a canetinha...


Meninas, ontem, segundona, dia 3/8/15, comecei o novo ciclo de indução de ovulação. Usando a contagem dos médicos, estou na minha 3ª FIV, pois quando há TEC eles não contam como novo processo porque os embriões são da "mesma safra".
 
Assim entendi que já fiz o seguinte:
 
- 1ª FIV (maio/13) = por hiperestímulo, houve a 1ªTEC (julho/13)
- 2ª FIV (dezembro/14) = com congelamento, ocorrendo 2ªTEC (fev/15) e 3ªTEC (março/15)
 
Agora será a 3ª FIV e sei que faremos o congelamento, pois o médico analisará de forma mais detalhada e com exames específicos a qualidade dos embriões, sendo esta a hipótese para as falhas anteriores.
 
Com o problema de varicocele do meu marido que descobrimos recentemente, este pode ser o motivo da alta fragmentação espermática da cromatina (maior que 36%, contra os 20% aceitáveis pelos médicos) e isso prejudica a transmissão da carga genética. Aí os embriões não tem boa evolução das células a partir do D3 e chegam ao D5 abaixo das expectativas.
 

A opção da clínica (e nossa também) foi por não realizar o tal do TESA (Testicular Sperm Aspiration), que é a aspiração percutânea de espermatozóides do testículo.
Abrindo um parênteses para explicações aqui, é mais indicado para casos em que não há espermatozoides no ejaculado, mas não há um consenso. Isso é complicado para nós, principalmente porque precisamos tomar as decisões com as informações que os médicos repassam.
 
No caso de varicocele, dependendo do grau, o médico sugere uma cirurgia. Em nosso caso particularmente, como temos o tempo escasso por nossa idade, teríamos que esperar um período de pelo menos 6 meses com a recuperação do marido, apenas da cirurgia ser simples. Não temos mais este tempo e, como disse o médico japa, vamos pensar em outras formas de melhoria durante a FIV. Embora ele tenha sugerido a TESA (pois a varicocele altera a temperatura escrotal e afeta a qualidade do sêmen), na clínica que vamos fazer, recomendaram a ICSI para escolha dos melhores, já que meu marido tem uma boa quantidade de “nadadores” e dá para fazer a seleção por este método.
Basicamente, há 3 tipos de punção testicular: PESA, MESA E TESA
  • MESA - Microsurgical Epididymal Sperm Aspiration: Técnica cirúrgica de extração espermática com retirada de pequena quantidade de líquido do epidídimo.
  • PESA - Percutaneous Epididymal Sperm Aspiration: Técnica que captura os espermatozoides por punção dos epidídimos e aspiração do líquido desse órgão. Muito utilizada em casos de pacientes com dificuldades de escoamento espermático (ex: vasectomia).
  • TESA - Testicular Sperm Aspiration: Técnica de recuperação espermática intratesticular por punção e retirada de material testicular. Sua indicação pode ser feita em casos de ausência completa de espermatozóides na ejaculação.
Mas como são indicadas em casos de azoospermia obstrutiva (quando não tem espermatozoide ou são muito poucos), vamos tentar a ICSI.
Com isso cheguei na clínica por volta de 11h30, sempre em cima da hora, para variar... rs. Fiz o ultrassom com o Dra Márcia, sempre um amor e muito atenciosa.

Gente, estou com muitos folículos “antrazes”, acho que é assim que se escreve, pois são os potenciais ao desenvolvimento com a indução. No 3º dia após menstruação, são 27 no ovário direito e 20 no ovário esquerdo. São 47 folículos, oba!!!  Agora é só torcer para que cresçam no mesmo ritmo, reagindo ao Gonal e demais medicações e que cada folículo do tamanho certo tenha um óvulo lá dentro (pode acontecer de não ter...). Bom, mas se conseguir que um terço destes virem óvulos maduros na punção, tá valendo!!!

Saindo do ultrassom, já recebemos a medicação na farmácia da clínica mesmo, fui para o trabalho e à noite meu marido já começou com minha 1ª picada deste novo ciclo.
Agora são 150 UI de canetas de Gonal de 300, no ciclo anterior usava 125 da caneta de 450. Vamos lá. Espero que dê tudo certo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




domingo, 2 de agosto de 2015

Começando mais um ciclo. Desistir? Nunca!


Quanto tempo...mas acho que já perceberam que desapareço e depois tento atualizar com as novidades. Bom, neste período que sumi, não aconteceu muito coisa, foi mais o período das férias.
No último post, tinha comentado sobre as consultas, possibilidades de tratamentos e novidades (não muito boas) sobre o problema da varicocele do meu marido.

Após as últimas consultas, a recomendação foi aguardar a próxima menstruação e então começar nova indução. Ambos os médicos (tanto o meu médico da FIV anterior, o japa que é especializado em fertilidade masculina que buscamos para analisar o caso de fragmentação espermática e o novo especialista da CRHC) disseram que o problema deve estar na qualidade dos embriões e, para saber ou dar qualquer sequência, deveríamos gerar mais óvulos. Portanto, novas picadas, remédios, dinheiro e expectativa.

Nas férias aproveitei para ir à praia, organizar a casa, meus armários, principalmente o de sapatos, que são a minha paixão e, embora não seja este o tema do blog, comentarei sobre eles e minha coleção. Tive que dar um jeito de ficar apenas com 120 pares e cataloguei tudo no closet, ficou bem organizado depois da faxina geral e das etiquetas e padronização em todos com caixas iguais e por categorias. Tentei esquecer um pouco dos tratamentos, mas como fizemos os exames, não dava pra esquecer. Deixei nossos exames de sorologia prontos e meu marido fez ultrassom do escroto. Tadinho, ele ficou constrangido, mas deu certo.

Na semana passada, na terça, fomos até o médico japa, que é andrologista para ver os exames. Ele disse que realmente há uma varicocele no escroto direito e que a recomendava o seguinte: fazer indução e, no dia da punção, meu marido faria uma punção dos espermatozoides diretamente “da fonte”. Segundo ele, a varicocele altera a temperatura e esta seria a melhor forma de captar melhores nadadores com este procedimento chamado TESA.
 
Como é na sala ao lado do médico da FIV anterior, que foi ele quem recomendou, disse para marcarmos o início da minha medicação. Como estávamos meio reflexivos sobre a recomendação e ainda pensando no que o outro médico diria, não agendamos a outra consulta, achamos melhor ir para a casa. Muitas dúvidas... parecia tão agressivo este procedimento, pediu para meu marido pesquisar um pouco mais, tanto em termos de benefícios médicos como para comparar valores entre as clínicas.
Tive que viajar a trabalho no dia seguinte e então meu marido fez contato como a CRCH. Não conseguiu falar com o médico, mas a outra médica que fez meu ultrassom no dia da consulta o atendeu por telefone, Dra. Márcia, muito bacana. Ela disse que não recomenda o TESA, pois seria para casos em que o homem não tem a dosagem necessária de espermatozoides ejaculados, que não seria nosso caso. Apenas recomendava a ICSI para captação dos melhores.
Putz, realmente estou em dúvida, mas decidimos fazer na CRCH. O valor ficará bem parecido, cerca de R$15mil, sem medicamentos e extras. A previsão de mais uns R$8mil dos remédios. O tal do TESA ficaria mais R$4,5mil – e não é só a grana, mas a avaliação da necessidade da intervenção. Isso sem considerar taxas para descongelar se for congelado e não ciclo fresco, mas uns R$2,5mil a R$4mil. É um investimento, mas depois de duas FIVs e 3 TECs, não posso desistir.

A cabeça fica uma bagunça porque não há resposta sobre o porquê não deu certo nas FIVs anteriores e isso é o que pega. Sabemos que os embriões não são os melhores, mas porquê não evoluem? Porque não implantar e continuam a divisão das células? Os meus miomas podem atrapalhar?

Acabei não fazendo a tal de histeroscopia, os médicos disseram não ser necessário, recomendam ter foco na qualidade dos embriões.
Cheguei de viagem a trabalho do Rio, durante o dia troquei mensagens pelo WhatsApp com meu marido e então conversamos sobre o que fazer. Decidimos trocar de clínica, não pelo médico anterior, porque confiamos muito nele, mas foi pela clínica.
Não sei explicar, mas a dona da clínica é uma megera, contei isso no episódio, que ela foi extremamente insensível quando fizemos um questionamento sobre valores após o negativo na segunda TEC, mas antes tivemos vários outros problemas com cobranças, sempre tinha alguma taxa extra para cobrar e também não recebíamos todos os relatórios detalhados sobre os embriões. Fiquei em dúvida sobre os biólogos responsáveis, pois pedi um relatório com a imagem dos embriões transferidos (a pedido do novo médico que consultamos) e não recebi. Ninguém me deu retorno. Este novo médico disse que pela qualidade, os embriões não estavam bons para congelamento/descongelamento e a clínica não deu detalhes sobre a qualidade deles (quantidade de células) para tomada de decisão. Disso, não é pelo médico, mas uma busca de troca de clínica para tentar aumentar novas chances no manejo dos embriões e protocolos que possam aumentar a qualidade deles.

Portanto, resumindo: ontem, dia 01 de agosto, sábado, chegou a “maré vermelha” e vou começar o procedimento. Como estou na praia, aproveitando ainda o clima de férias, embora eu não esteja mais há um 10 dias, vou pegar a estrada agora para amanhã cedo ligar na clínica e fazer o ultrassom. Iniciando novo ciclo, lá vamos nós mais uma vez!!!!