domingo, 31 de janeiro de 2016

17 semanas: entrando em uma fase para curtir a gravidez!

Dizem que o segundo trimestre é o melhor da gravidez e que curtimos mais, então estou agora entrando nesta fase e deixando toda a ansiedade do comecinho da gravidez, que foi cheia de pequenos sustos.
Nosso guerreiro está bem, no ultrassom da semana, quando entrei na 16ª semana, ele já estava com 18 centímetros e pensando 150 gramas. O seja, com o tamanho de 18 semanas, significa que ele vai ser bem grandão mesmo, se mexia bastante e dá até para ver os dedinhos (a médica disse que tem até unhas). O ossinho do fêmur, agora visível, tem 2 cm, que coisa fofa!!! Estou completamente apaixonada...
Voltei a trabalhar e, como foi uma semana tensa para enfrentar os gringos no trabalho (estes americanos são difíceis de lidar, estou me adaptando aos novos processos depois que a empresa foi adquirida por este grupo) e tentando sobreviver. Dá muito sono depois do almoço e, como tenho horário flexível, combinei com meu diretor que trabalharei das 14h às 20h. Não dirijo ainda (o maridão me leva para todo canto, acho que meu carro já descarregou a bateria, está sem uso desde meados de dezembro).
Os enjoos intensos se foram, ainda fico com um pouco de azia, só que ainda bem não estou vomitando mais, só um mal-estar de leve. Também tenho sentido cólicas leves e dores no baixo ventre (a médica disse que é o útero se expandindo). Em outras situações, tenho algumas contrações e a barriga fica dura por 1 minutinho e depois passa. Ainda não sinto o bebê, não vejo a hora. Os gases (hihihi...) continuam e o que mais tem atrapalhado é a dor de cabeça intensa. Já tinha enxaqueca antes de engravidar e agora só posso tomar Paracetamol, que não ajuda a melhorar. Também percebo que a dor piora com meu estado emocional, principalmente quando passo raiva no trabalho.
Como estou sem paciência e dizem que “grávida pode...”, não aguentei e demiti um coordenador da minha equipe que desaparecia sem dar satisfações. Dei muita chances para ele, não foi sem motivo e ele sabia disso. Fiz isso na sexta e me senti melhor. Tem outro que está na mira, pois se ele não colaborar, fica difícil contar com o apoio do time. Agora todos já sabem da gravidez e pedi compreensão.
Ah, hoje fui comprar umas roupinhas de grávida, morrendo de medo de andar ou me esforçar demais. Como já engordei 8 kg (e levei bronca da minha nutricionista), já não tinha quase roupas que servissem de forma decente. Comprei 2 jeans para gestantes que a partir de agora vão até andar sozinhos porque serão uniforme.... rs. Algumas batas (que ainda bem está na moda) e vestidos mais soltinhos.
No Carnaval não vou viajar e então aproveitar para pensar no nome do bebê e também já montar a listinha do enxoval. Super animada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Bjs e uma ótima semana
 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

16 semans: fim do hematoma subcoriônico, placenta “colada”– e outras novidades!

Gente, quando tempo não apareço por aqui!!!!!! Vamos aos últimos acontecimentos porque os meses de dezembro e janeiro foram tensos, com muitas idas e vindas ao hospital, sangramentos, princípio de aborto e outras coisinhas.
Resgatando tudo em um post longo, mas aí já atualizo tudo de uma vez..
- Depois da último sangramento após o Natal, que foi mais intenso e que foi constatado um hematoma subcoriônico, fiquei em repouso total por causa do descolamento da placenta decorrente dele (que não foi tão absurdo, foi de 20% mas representava um risco).
- Fiquei totalmente de repouso, levantando só para ir ao banheiro e tomar banho, até para comer ficava meio deitada. Aproveitei a mordomia e cuidados do maridão, mas para quem é agitada como eu, depois de um tempo começa a dar agonia e vontade de sair de casa.
- No início de janeiro, fiz o ultrassom das 12 a 14 semanas, que é o morfológico com análise de translucência nucal. Foi tudo bem, hematoma quase imperceptível depois de 15 dias. Valeu o repouso, maravilha!
- Neste dia, a médica que fez o exame disse que tinha 80% de chance de ser ..... surpresa: um menino!!!!!!!!!!!!!! Me controlei para não comprar nada, mesmo porque não posso sair da cama, mas deu vontade de comprar pela internet... kkkkkkkk.
- Fui consultar minha GO após o exame e ela me deu mais 15 dias de atestado porque ainda considerou meu caso de risco. Como me sentia bem – e ao mesmo tempo com muito cuidado para seguir as orientações médicas, conversei com meu diretor e combinei que não me afastaria completamente, mas trabalharia 3 horas por dia.
- Desde dezembro não estou mais dirigindo, maridão me leva para o trabalho e outros lugares que preciso ir. Supermercado e shopping, nem pensar. Arrisquei um churrasco na casa das amigas e um jantar de níver de parente.
- Na semana, fiz o ultrassom das 16 semanas e agora não tem mais dúvida: é mesmo um menino!!!!!!!!!!!!!!! Meu marido está radiante, estou feliz demais.
Só não tem nome ainda, tenho um tempo para pensar. Agora a barriga começou a crescer e precisarei renovar o guarda-roupa. Os enjoos sumiram e vou começar a curtir a gravidez.
Ainda estou em risco devido aos miomas gigantes que cresceram com os hormônios (e continuo usando via vagina um Ultrogestan 200mg pela manhã e outro à noite). Sei das implicações e que manterei repouso relativo durante toda a gestação, mas só em ver o bebê se mexendo, nadando na minha barriga, todo serelepe, é uma sensação indescritível)
Eu disse para a médica que já estava o sentindo se mexer desde a semana anterior, ela achou prematura porque só começa a sentir a partir da semana 18, na primeira gravidez e remendou: "O que sentiu devem ser os gases".... kkkkkk.... Deve mesmo, porque isso é uma constante, meu marido nem liga mais e eu coloco a culpa na progesterona. Foi só para descontrair depois de tanta tensão! Bjs pra vcs
 

domingo, 3 de janeiro de 2016

Uma das possíveis causas dos sangramentos, do cóagulo subcoriônico e do descolamento da placenta: os miomas


Depois do episódio deste final de semana em que tive novo sangramento e muito intenso com o diagnóstico de descolamento da placenta (que já relatei no post anterior), uma das possíveis causas para que ele tenha acontecido são os meus miomas, que são bem grandes (3 gigantes, um direito intramural, um posterior submucoso e outro na entrada do colo do útero, subseroso – que a médica que faz meu pré-natal disse ser um “mioma parido” que, devido às características e localização, sangra mais facilmente). Ambos ter cera de 10 cm de diâmetro cada.
Este tal de “mioma parido” surgiu com os hormônios que tomei nesta última FIV. No dia da punção, a médica que extraiu os óvulos disse ser um pequeno pólipo. Fiquei tranquila porque ela disse ser muito pequeno, mas logo à entrada do canal uterino. Quando fiz os primeiros ultrassons, ainda na clínica de reprodução, já deu para perceber que ele estava crescendo.
A médica que está fazendo o pré-natal  disse que estava bem grande e que suspeitava não ser um pólipo, mas um mioma parido. Acho que até comentei aqui, que ela mencionou ser preocupante o crescimento porque ele pode forçar a abertura do útero e parto prematuro, que se isso acontecer, temos que extrai-lo ainda durante a gravidez, o que é bem arriscado. Fiquei com medo mas estou com pensamento positivo que não acontecerá isso.
Aí fui pesquisar sobre mioma parido na internet. Vixi, tem umas imagens e vídeos bem nojentos, dá um frio na barriga. Tem um vídeo em que mostra a extração – atenção, é para quem tem estômago, já aviso antes: https://www.youtube.com/watch?v=WsVP5mZDzIY
o médico que me atendeu no hospital acha que o mioma intramural cresceu muito com os hormônios e “empurrou” a placenta, gerando o coágulo e o descolamento. Realmente não sei a explicação, só quero que tudo volte ao normal, placenta, bebê e gestação!
Em linhas gerais, o que encontrei nesta pesquisa sobre miomas (já tinha escrito mais em outros posts). Fiz tipo perguntas e respostas para facilitar.
 
  • Todos os miomas são iguais?
Não, existem 3 tipos de miomas que são classificados quanto à topografia e localização:
- Subseroso (localizado na camada mais externa do útero, relacionado mais raramente aos sintomas de sangramento. O principal sinal é o aumento do abdômen).
- Intramural (localizado dentro da camada muscular do útero e são os mais comuns).
- Submucoso (próximo à camada interna do útero, sendo os mais sintomáticos e quase sempre causam sangramento. Eventualmente, ele pode sair pelo orifício do colo uterino, caracterizando o chamado "mioma parido").
Portanto, o mioma parido é aquele que está exteriorizado da cavidade uterina para vagina.
 
  • Quais as causas do surgimento dos miomas?
As causas são desconhecidas, mas sabe-se que os miomas originam-se de uma única célula, que começa a se multiplicar desordenadamente, e origina o tumor. Por isso, acredita-se que exista alguma base genética.
 
  • O que leva ao crescimento dos miomas?
O crescimento desses tumores ocorre por ação do estrogênio, um hormônio feminino de extrema importância, e isso pode explicar o seu desenvolvimento durante a fase reprodutiva da vida da mulher, a sua inexistência antes da puberdade e a redução de tamanho após a menopausa (quando os níveis de estrogênio diminuem). Qualquer coisa que leve a um aumento dos níveis de estrogênio pode fazer com que o mioma tenha um crescimento maior e mais rápido.
 
  • Os miomas podem aumentar durante a gravidez?
Eles podem aumentar significativamente de tamanho durante a gestação, devido aos altos níveis hormonais.
 
  • Por que os miomas geram sangramentos na gravidez?
Esta é a pergunta mais importante e não encontrei uma resposta satisfatória. Infelizmente. O que compreendi é que a gravidade do sangramento não se relaciona com o tamanho do mioma, mas sim ao lugar em que o mioma está no útero.
Assim, pode-se ter um mioma enorme no meio do músculo que não sangra e, ao contrário, um mioma bem pequeno na superfície da cavidade interna do útero que pode sangrar muito.
No meu caso, o problema é que o aumento dos hormônios com a gravidez geram também o aumento de tamanho dos miomas, que invadem a camada uterina e a abaulam, levando ao deslocamento da placenta (no caso do mioma intramural, que se expandiu para dentro do útero). No caso do mioma em parturição, que fica na entrada do útero, ele sangra com o atrito da introdução da medicação ou com o movimento do corpo. Não dá para ter certeza neste momento se irão crescer mais, apenas monitorar.
 
  • Quais os riscos da presença do mioma durante a gravidez?
O mioma pode aumentar o risco de parto prematuro, sangramentos, dificuldade no parto e aborto espontâneo logo nos três primeiros meses de gestação.
Em alguns casos, as mulheres que têm mioma na gravidez contemplam uma gestação saudável e o tratamento de embolização do mioma é iniciado após esse período, mas cada caso deve ser analisado por um médico especialista.
Alguns dados para gestantes com miomas:
- O risco de sangramento no primeiro trimestre é duas vezes maior
- O risco de cesariana é seis vezes maior.
 
  • Qual a relação entre mioma e aborto ou parto prematuro?
A gestante deve ter um controle mais rigoroso para evitar riscos como trabalho de parto prematuro e aborto espontâneo. Estes dois eventos ocorrem mais quando os miomas crescem significativamente de tamanho e quando os miomas se localizam próximos à placenta.
Esta localização dos miomas próximos à placenta também aumenta consideravelmente a incidência de descolamento prematuro de placenta. A incidência de descolamento prematuro de placenta pode chegar até 60% em miomas com esta localização, contra 2,5% para miomas em localizações diferentes.
 
  • O mioma na gravidez afeta a saúde do bebê?
Não. Durante a gestação não existem evidências que o crescimento ou saúde do bebê sejam afetados. Pode trazer outras complicações, como impactos para formação de coágulos, deslocamento da placenta e sangramentos, mas não atingem diretamente o bebê.
 
  • As gestantes com mioma apresentam sintomas?
Algumas podem sentir mais dor do que as que não têm esse problema, mas não é uma regra. Como os miomas aumentam, deve ter acompanhamento para diminuir o desconforto e evitar cesária (embora a incidência com a necessidade seja maior, de acordo com cada caso e localização dos miomas).
 
  • É possível tratar o mioma na gravidez?
Não é recomendado, apenas em casos extremos. Durante a gravidez o médico irá apenas acompanhar a evolução do mioma para evitar problemas de saúde e alguns casos recomenda algum remédio que pode ajudar a aliviar os sintomas, mas o tratamento somente após a gestação.
 
Quais são os tratamentos do mioma na gravidez?
Os tratamentos do mioma são: clínico, cirúrgico ou intervencionista. Vejamos um pouco mais sobre cada um:
- Tratamento Clínico, conhecido também como tratamento medicamentoso, que pode ser com a anti-inflamatórios (que minimizam dores e sangramentos, mas não diminuem o mioma) ou análogos do GnRH (hormônio que simulam a menopausa, diminuindo o mioma, mas não é um tratamento definitivo).
- Tratamento Cirúrgico, que pode ser com histerectomia (retirada total do útero, sem risco de reincidência) ou miomectomia (retirada do mioma por meio de técnicas diversas, mas há risco de retorno do mioma).
- Tratamento Intervencionista: ocorre com a embolização, por meio de um cateter, são inseridas partículas pela artéria que nutre o mioma, que morre com o fim do fluxo de sangue. Mais rápido e indolor.
 
  • Quais as características do mioma em parturição? Ele sempre é extraído com cirurgia via vaginal?
Este é um tipo raro de mioma que deve ser retirado por via vaginal. Seu principal sintoma é a dor repentina e progressiva semelhante à do trabalho de parto, com ou sem sangramento associado. Dependendo do volume, o mioma provoca dilatação do colo do útero como a do parto normal. No caso de mulheres grávidas, pode levar a um parto prematuro e exige monitoramento constante.
Ele tem um formato diferente, com um pedículo, que liga o mioma ao fundo do útero e, por ser uma região vascularizada, a cirurgia deve ser realizada em um hospital, em centro cirúrgico.
 
  • Adiar a gravidez contribui para o surgimento do mioma?
Ao adiarem a gravidez para depois dos 35 anos, as mulheres se tornam mais vulneráveis ao surgimento de mioma no útero, que atingem até 80% da população feminina. Esse tipo de tumor, embora benigno, ainda é um dos principais responsáveis pelas cirurgias de retirada do útero (histerectomia), que já está entre os procedimentos mais comuns da área ginecológica e impossibilita gestações posteriores.
 
  • Qual a diferença entre mioma e pólipo?
Ambos são alterações geralmente benignas que apresentam maior incidência em mulheres durante a idade reprodutiva (período em que ocorre uma grande produção hormonal ovariana).
O mioma é um tumor benigno derivado do músculo liso do útero, muito frequente em mulheres com mais de 35 anos de idade e pode regredir com a menopausa. Embora a maioria das mulheres portadoras de mioma sejam assintomáticas, dependendo do tamanho e da localização dos miomas, pode ocorrer sangramento uterino anormal, dor pélvica e até mesmo dificuldade para engravidar.
O pólipo é caracterizado por ser uma estrutura amolecida e corpulenta, que pode estar presente dentro do corpo do útero (pólipo endometrial) ou no colo do útero (pólipo endocervical). Ele é derivado do crescimento de glândulas endometriais e de estroma (tecido fibrótico que reveste essas glândulas). Pode ocorrer em qualquer idade e ser tanto uma lesão única ou múltipla e seu tamanho podem variar muito (desde milímetros até vários centímetros).
Quando o pólipo está localizado no colo do útero (pólipo endocervical), ele pode ser retirado com uma pinça no próprio consultório de ginecologia (sempre devemos enviar o material para biópsia devido ao risco de transformação maligna). Nos casos de pólipos endometriais (dentro do corpo do útero), pode ser realizada a histeroscopia cirúrgica (retirada com apoio de uma câmera introduzida na cavidade uterina). Em alguns casos, a infertilidade pode estar presente. A preocupação a respeito do pólipo aumenta quando ele aparece após a menopausa, pois a chance de transformação maligna é maior, sendo indicado, nesse caso, retirá-lo.


Espero ter ajudado a outras meninas que estão com este problema e que, no meu caso, o mioma parido ou pólipo (não sei bem o que tenho e por isso vou consultar outro especialista), fiquem bem quietinhos durante a gravidez. Sem mais sustos, placenta descolada ou coágulos.
Continuarei contando tudo por aqui!!!! Bjs


 


13 semanas: comentários sobre o meu diagnóstico de descolamento da placenta

 
Meninas, realmente foi um grande susto no domingo passado, hoje completo uma semana do repouso absoluto, primeiro dia em que estou me sentando para usar o computador, ainda meio deitada no sofá com o notebook no colo e um monte de almofadas.
Segui tudo o que o médico pediu, não fiz praticamente nada. Na horizontal, deitada até ficar entediada. Meu marido fez tudo e ainda bem que estava em férias. Desde lavar roupas, cozinhar e cuidar da casa. Fiquei tão molenga que até tomar banho me cansa... rs. Bom, para quem me conhece e sabe que sou ligada nos 220V, parece impossível. Posso dizer que não foi fácil, senti uma “coceira interior” (não sei explicar) para fazer as coisas, sair e ver o que está acontecendo na rua, ainda mais no Ano Novo, pois sempre sou a festeira da família que organiza tudo. Neste ano, a virada foi deitadinha no sofá, olhando os fogos pela janela da sacada. Este será um ano especial, o mais importante da minha vida!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Os enjôos diminuíram muito, parece que aconteceu mesmo a mágica das “12 semanas”...hahahaha.

Ainda não tenho o diagnóstico da causa do descolamento, o médico que me atendeu no Pronto Socorro supõe ser resultado do crescimento dos miomas pela grande quantidade de hormônios na gravidez que podem ter abaulado a cavidade uterina (em questões anatômicas), gerado um coágulo subcoriônico e, como consequência, o descolamento da placenta. Já a médica do pré-natal, apenas confirmou por mensagem de WhatsApp tal hipótese, pois somente vou encontra-la na próxima semana. Respondeu para usar a Utrogestan (devido à baixa taxa de progesterona pela idade – embora eu não queira aceitar, estou chegando nos 39 aninhos) e pediu repouso.

Resumindo, foram 3 as recomendações para o hematoma não aumentar (e ambos os médicos disseram que não há muito mais o que fazer, devemos aguardar o corpo se reestabelecer e manter o pensamento positivo):

- Evitar ter contato íntimo (abstinência sexual)
- Não ficar muito tempo de pé, preferindo ficar sentada ou deitada com as pernas elevadas (nem pensar em passeio no shopping ou ir ao mercado) ou esforços, como limpar a casa (nos casos mais graves, o médico poderá ainda indicar a internação, mas isso quando a gestação está no 3º trimestre)
- Fazer uso progesterona com o Utrogestan (no meu caso, 1 vez ao dia).
 
Estas recomendações são as mais comuns entre os médicos, mas não há comprovação em estudos científicos que comprovem impacto na involução do coágulo, mas é importante que a gente sinta que está fazendo tudo o que pode para cuidar o melhor possível de nosso bebê.
Ah, quando questionei o médico como o repouso ajudaria, ele disse que seria uma questão de minimizar impactos físicos da movimentação. Comparou com uma ferida, se ficarmos em contato com o local sempre, demora para cicatrizar, o mesmo se ficarmos nos movimentando muito em relação ao hematoma e a região do descolamento da placenta.
Me preocupou muito o deslocamento da placenta porque é um problema sério na gravidez. Em geral, acontece mais no 3º trimestre e no meu caso, foi bem no finalzinho do 1ª.
A placenta é muito importante porque é responsável por todas as “trocas” entre a mãe e o bebê, ou seja, facilita a troca de nutrientes para proteger e sustentar a gravidez. Além de eliminar tudo o que é nocivo, ela transporta oxigênio, glicose, cálcio, água, entre outras substâncias, para o bebê. Já no caminho contrário, é ela quem retira o gás carbônico e outros dejetos do bebê, que são eliminados pelo organismo da mãe. É a placenta, ainda, que estimula outros hormônios da gestação, como o estrogênio, a progesterona e o lactogênio, fundamental para a produção de leite.
Portanto, um descolamento da placenta pode ser a interrupção desta comunicação com o bebê e trazer problemas muito sérios. No meu caso, o descolamento foi de 15% a 20% e não foi gravíssimo, mas o médico ressaltou que foi uma ameaça significativa de aborto que passei com o sangramento e outros agravantes.
Aí vêm aquelas perguntas: “O que fazer para a placenta colar de novo”? “Quanto tempo demora para a placenta colar e se reestabelecer”?
Na verdade, não há uma resposta única para isso, depende de cada caso. O médico que me atendeu disse que poderia levar algumas semanas (da 12ª até a 18ª ou 20ª) ou até meses e há mulheres que ficam a gestação toda sob repouso. Quando acontece após as 34 semanas e, segundo a condição de cada gestação, é realizada uma cesárea de emergência.
Quando acontece ainda no 1º trimestre, como no meu caso, o nome científico é hematoma subcoriônico ou retrocoriônico, caracterizado pelo acúmulo de sangue entre o útero e o saco gestacional. Nos casos leves de descolamento ovular, normalmente o hematoma desaparece naturalmente até ao 2º trimestre de gestação, pois é absorvido pelo organismo da mãe, porém, quanto maior for o hematoma, maior o risco de aborto espontâneo, parto prematuro e descolamento da placenta.
 
Alguns pontos que entendi sobre esta questão, para compartilhar com vocês:
 
- O hematoma subcoriônico (SCH), que é um acúmulo de sangue entre as membranas da placenta e do útero, que se chama córion. Quando acontece nas primeiras semanas de gestação e a placenta ainda não está formada, os médios se referem a ele como coágulo ou deslocamento ovular.
 
- Os hematomas subcoriônicos grandes aumentam o risco de aborto espontâneo, parto prematuro, descolamento da placenta (quando ela se separa prematuramente a partir da parede do útero pode levar à morte do feto nos casos mais graves, pois a placenta tem múltiplas funções: além da função nutritiva, tem função excretora, respiratória, de produção de hormônios e de defesa).
 
- Portanto, há diferença entre o hematoma subcoriônico e o descolamento da placenta. Quando o problema aparece em gestações antes de 20 semanas, o que na verdade ocorre é um acúmulo de sangue entre a parede do útero e o saco gestacional e os médicos se referem a esse problema como hematoma subcoriônico, que desaparece com a evolução da gestação e esta pode transcorrer normalente. Nos casos de descolamento de placenta, esta complicação pode indicar que a saúde do feto está em perigo. Se acontece  perto da data de parto prevista do parto, ele será adiantado  por meio de uma cesariana, para prevenir que a placenta se solte ainda mais.
Mas é importante destacar que ambas as situações requerem tratamento médico imediato para um melhor acompanhamento e prognóstico da gestação, com ultrassom, se possível, semanal ou quinzenal.
 
- Sobre as causas para um hematoma ou o descolamento, não há uma única ou certeira motivação, podendo ser um problema decorrente da implantação do ovo no útero na fase inicial da gestação. Portanto, não se culpe se aconteceu com você, pois não foi algo que tenha feito para que acontecesse e pode ocorrer em mulheres grávidas de todas as idades e raças.
 
- Para ter o diagnóstico, é importante procurar o médico ou um atendimento de emergência em caso de sangramento (mas há casos em que não há sangramento, no meu houve bastante). Somente com um ultrassom será possível identificar o coágulo, que aparece como uma mancha escura dentro do útero, como se fosse outra placenta. Após o exame, o médico consegue identifica o tamanho (extensão) do coágulo ou da zona de descolamento da placenta, dependendo o caso.
 
Bom, de tudo isso e de todas as histórias tristes que encontramos na internet, é importante conter a ansiedade e não cair no desespero. O apoio do médico é importante para nos sentirmos seguras, um bom profissional nos dará as orientações, pois há muita informação na internet, mas também (des)informação em excesso!
Lendo outros blogs, percebo que é bastante comum no início da gravidez – apesar de ter levado um susto com o tom que o médico me passou as orientações, considerando que meu caso é diferente pela presença dos miomas, que são agravantes ao diagnóstico do coágulo e preciso ter maior cuidado com o descolamento da placenta. Torcendo para não fica a gravidez toda em repouso, então me cuidarei bem agora no comecinho, estou com 13 semanas agora.
Estou tentando ter calma, me distanciar do trabalho com a licença médica (apesar de toda a pressão que estou recebendo por ter que conduzir a reestruturação da minha área, em um momento em que a empresa foi adquirida por um grupo americano). E aí vem o desabafo: cuidar do bebê é essencial para nosso projeto de vida e todas as minhas energias estão voltadas para isso, mas é uma escolha complicada no que diz respeito à carreira, principalmente no ambiente corporativo, com funções de gerência e direção de área.
Por exemplo, eu teria uma viagem para os Estados Unidos a trabalho, bastante importante, mas precisarei me ausentar e tentar resolver tudo via por videoconferência, a tecnologia ajuda, mas há “reuniões de relacionamento” que terei que abdicar. Já recusei uma promoção no mês de outubro (acho que contei aqui) e não me arrependo nem um pouco. É que não tem como deixar de mencionar esta pressão que a mulher se encontra. Minhas decisões foram tomadas e imagino que vocês também tenham passado por isso.
O negócio é não pirar, embora ficar em repouso para pessoas totalmente pilhadas como eu seja algo complicado, mas estou me acostumando com os mimos do marido... rs. Vou seguir direitinho as recomendações médicas e amanhã espero saber o sexo do bebê no ultrassom.
Torcendo muito para a placenta estar no lugar certinho e o hematoma ter sumido!!! Bjsssssss
 


12 semanas: mais emoção na minha história: descolamento da placenta

Meninas, como passaram o período de festas de final de ano? Para mim foi mega tumultuado e por isso desapareci. Desde o episódio no final de semana que antecedeu o Natal e que contei aqui com o sangramento e a noite no hospital, teve mais emoção e daí o motivo do meu sumiço. Como sempre, vou registrar tudo por aqui, vai ser um post longo, mas o susto foi o mais longo desta fase de 1º trimestre de gravidez...
Após uma semana de repouso “relativo”, me dei ao luxo de, com muito cuidado, ir até a depilação e sair uma noite para encontrar as amigas e finalmente contar a novidade, eles nem imaginavam. Tudo isso com o acompanhamento do meu marido, para não me esforçar. No Natal fizemos uma ceia simples em casa, apenas ajudei a fazer a sobremesa e as entradas.
No sábado após o Natal, fui até um restaurante para jantarmos com um casal de amigos do meu marido e tudo ia bem, até que, depois do banho ao chegar em casa, percebi novamente o sangramento em vermelho vivo. O terror novamente tomou conta de mim, só que desta vez não quis ir correndo até o hospital.
Contei ao meu marido, mas achei melhor dormir para ver se diminuía. Só que à noite acordei várias vezes para ir ao banheiro e continua com vermelho vivo. Às 5 da manhã acordei com uma cólica muito, muito forte e uma dor nas costas, bem na região sacral, na parte inferior do coluna. Tomei um chá e fique na sala quietinha, até chamar meu marido por volta das 8h da manhã pois a dor não passava, nem o sangramento.
Como sempre vamos ao mesmo hospital, é o melhor da cidade, tirar o médico grosseiro do plantão, sempre somos bem atendidos. Desta vez não demorou nem 5 minutos e já me chamaram. O médico, bastante jovem, fez o exame de toque e uma cara estranha, pois viu que o sangramento vinha do interior do útero. Já fiquei tensa. Ele nem quis tentar o doppler para ouvir o bebê, disse que precisa do ultrassom.
Desci até o andar da sala de exames e outro médico veio nos atender, muito simpático e atencioso. O meu coração disparado e a angústia tomava conta de mim. Como era domingo, não tinha ninguém lá, ele foi para lá somente para me atender no plantão.
Eis que ele demora para achar o bebê, fiquei anestesiada. Demorou mas ele disse: “Taí, todo serelepe, se mexendo muito”. Ai, que alívio. O bebê estava se mexendo muito, acho que meu nervosismo deixou ele agitado (rs...), com 7,5 cm e coração a 142 bpm. Ufa, voltamos para a sala do outro médico. Ele disse que via um pequeno coágulo e que eu deveria voltar para conversar com o médico. Ih...aí que veio a notícia ruim...
Quando voltei para conversar com o médico, veio a bomba do diagnóstico: um descolamento da placenta de uma região significativa, decorrente de um coágulo subcoriônico. Ele disse não ser possível dizer a causa, mas considera que são os miomas e que um deles esteja abaulando a cavidade uterina. Pediu para manter a abstinência sexual (ih... nem sei mais o que é isso...kkkkk), a progesterona via vaginal com o Utrogestan e repouso absoluto”. Segundo ele, ficar na cama ou sofá em posição horizontal e só levantar para ir ao banheiro, tomar banho e comer. No mais, curtir a “vida de princesa”.
É, fiz o que ele pediu, direitinho, mas vida de princesa não é tão legal assim... Um tédio ficar deitada esta semana toda, o tempo não passa. Tentei ler, até peguei livros que não fossem sobre gravidez, me arrisquei a reler o clássico “Crime e castigo” do Dostoievski (pesado, hein?!) e a esgotar as séries do Netflix. Assistir TV me deixa impaciente com muita programação ruim e alienante, mas dava uma zapeada para sentir o que estava rolando no mundo.
Depois de uma semana, hoje é o primeiro dia em que estou usando o computador (meio deitada no sofá com um monte de travesseiros e notebook no colo) para contar o ocorrido.
O pior é que o médico me pediu para não trabalhar nesta próxima semana e eu deveria retornar amanhã, não sei o que fazer. Vou pedir novo atestado e ficar em casa por mais uma semana, preciso me cuidar em um momento tão complicado e precioso da minha vida, pelo qual lutei tanto. Imagino, pelo que percebi, que irão me demitir depois do meu retorno à licença maternidade, por alguns indícios. Depois falarei sobre isso em um post específico, mais à frente. Neste momento, o foco é cuidar do bebê, o motivo de tudo isso!!!
Amanhã também farei o ultrassom morfológico de 1º trimestre com o exame de translucência nucal e verei novamente o baby, já estou com saudades de vê-lo se mexendo, bem sapeca.
Como não resisti nestes dias de repouso, fiz algumas pesquisas para entender o que aconteceu comigo e vou colocar nos posts a seguir, espero ajudar em passa pela mesma situação. Bjs e uma ótima semana!