Nesta semana estou tentando me manter centrada no bebê e me esquecer
dos problemas em paralelo, como trabalho e a construção da casa nova. Não abandonei
estes projetos, mas deixaram de ter centralidade na minha vida pois o bebê será
minha prioridade para sempre.
No trabalho, desde o episódio da semana passada em que
entrei em trabalho de parto prematuro com 20 semanas, com as contrações fortíssimas,
algo mexeu muito comigo. Quando a médica disse “Não posso fazer nada pelo seu
bebê no momento, somente poderemos aplicar injeções de corticoide para
amadurecer os pulmões a partir da 28ª semana e fazer o possível para adiar o
parto para a 30ª semana ou até onde vc conseguir. Quero que saia com o bebê no colo
e não sofra mais ao deixa-lo no hospital na UTI. Vc já passou por tanta coisa e
vamos aguentar firme até o final”.
Pois é, isso resume tudo. Depois de 10 anos de casada, em
que no começo me dediquei muito à carreira, nos últimos 6 anos (desde 2010), tenho
sistematicamente realizado exames e procedimentos para engravidar. Quando
consegui em outubro do ano passado, na 4ª tentativa de FIV, depois de muitos
custos financeiros, físicos e emocionais, só tenho que cuidar do meu sonho
Foram momentos tensos desde a resultado Positivo no Beta
HcG, com sangramentos, idas e vindas ao hospital, acompanhamento do tamanho dos
miomas para que não cresçam demais, efeitos colaterais da medicação e muita
ansiedade. Foram 4 episódios graves de sangramento até a 12ª semana, com
repouso absoluto em alguns momentos, para chegar ao repouso relativo até a 16ª
semana e uma melhoria até a 20ª.
Talvez tenha me abalado na semana passada porque na anterior
estava me sentindo tão confiante, acho que realmente podia curtir o fato de estar
grávida e exibir a barriga com tanto orgulho, sem ter medo de passar por um
aborto espontâneo e as pessoas olharem para mim com aquela cara de pena.
Mas foi somente um susto na semana passada e estou
recuperada, me cuidando bastante para resgatar a confiança. Fui trabalhar
apenas duas a três horas por dia (alguns até menos) e o restante fiquei em home
office (o WhatsApp ajuda muito a a equipe tem colaborado demais). Conversei
sobre minha condição com meu gestor e ele concordou que eu não deixasse o
atestado no RH e continuasse neste formato remoto, apenas aparecendo em reuniões
estratégicas.
Não tive mais cólicas, contrações ou dores nas costas – mas também
estive com dose máxima de medicação (3 cápsulas via vagina de Utrogestan por
dia, Dactil OB e Buscopan ambos a cada 6
horas, intercalando um e outro).
Já tinha comentando que estou com duas médicas, uma que
começou com meu pré-natal pelo Plano de Saúde (chamarei de médica A) e outra que
foi indicada pela clínica de reprodução e que pago consultas particulares
(chamarei de médica P) - ainda não sei qual fará o parto. A que me atendou na semana passada por a médica
particular, que quer me afastar do trabalho pelo INSS até o nascimento do bebê.
Já nesta semana fui à consulta já pré-agendada com a médica A, que me
tranquilizou, dizendo que o repouso é essencial, mas posso continuar no esquema
de trabalho que fiz nestes dias, se concordarem na empresa. Avisou que não saio
do repouso e que devo avisar sobre qualquer dor. Também pediu para reduzir a
médica (mantendo 3 vezes ao dia o Utrogestan, diminuindo Dactil para 2 vezes ao
dia e tirando Buscopan, para apenas os episódios de dores).
É isso, manter a felicidade a cada chute do bebê que de vez
em quando são bem fortes.... mas eu adoro isso e ficou esperando por eles,
principalmente depois que como algo gelado, como gelatina ou sorvete (acho que
como eu, ele gosta do calorzinho... rs).
Ah, na semana que vem vou postar aqui o nome do bebê, pois o
mês de fevereiro já está acabando e vou encerrar a votação. Preciso encomendar
o quadro com nome do bebê para maternidade e outra coisinhas. Bjs e uma ótima semana!!!
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