domingo, 24 de abril de 2016

Comemorando mais de 300 mil acessos... Obrigada!!!!!!!

Acabei de me dar contar que o blog já tem quase 310.000 acessos, uau!!!!!!!!
Agradeço muito por todo apoio que tenho recebido nesta jornada e pela possibilidade de ajudar outras mulheres que se encontram em dilemas como os que tenho passado.
A internet tem um alcance imenso e espero continuar trazendo boas notícias a todos. O processo não foi fácil, passei por frustrações, dúvidas e muita ansiedade. Foram longas horas em consultórios médicos, exames, resultados frustrantes, injeções e medicamentos. Até que um dia a felicidade chega com uma notícia maravilhosa.

Por isso deixa a mensagem: não desistam, tudo vale a pena e a consciência de que passaremos por momentos complicados faz parte de tudo isso. Mas, por favor, não deixem de tentar tudo o que é possível.
Tenho curtido cada momento desta gravidez, mesmo quando preciso ir ao hospital, cada visita ao pronto-socorro me torna mais forte.
Tive que tomar decisões importantes neste processo e uma delas foi declinar a uma proposta de trabalho pela qual tinha esperado muito, uma chance de assumir cargo de direção, com um excelente salário e responsabilidade, para o qual tinha me preparado. Mas foi em um momento em que estava realizando o projeto mais importante da minha vida, o de ser mãe.
Ainda vivo os conflitos entre a decisão pela maternidade e continuar trabalhando. Não sei o que será no retorno da minha licença e vou tentar não pensar nisso, pois muito em breve terei nos braços a pessoa que mais precisará de mim neste mundo.
Mais uma vez, obrigada pelos acessos, pelo apoio, pelos comentários, pelos e-mails e mensagens de carinho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



23 semanas até 29 semanas: um resumo dos acontecimentos



Meninas, como sumi total, vou tentar resumir o que aconteceu nos últimos tempos. Foram tantas coisas que possivelmente vou esquecer muitas passagens e tentarei colocar aqui o que mais me marcou. Vamos lá... acho que ficou longo, só para quem tem paciência para aguentar minhas  neuras no relato.

  • Semana 23: Foi a semana do meu níver, cheguei aos 3.9 e com o meu maior presente na barriga! Tudo transcorreu bem, apesar de sentir algumas contrações. A novidade desta semana foi que saí para ver o berço e outros móveis do quarto do bebê. Passei em algumas lojas e achei o material muito frágil, então resolvi comprar em uma loja em que o preço é um pouco maior que as demais, mas senti que é mais resistência e seguro. N
Não vou colocar muita coisa no quarto, então teremos apenas o berço com gaveteiro e uma cama auxiliar acoplados e uma cômoda. Optei por não ter cadeira de amamentação, pois a cama auxiliar fará este papel e, se bem me conheço, ficarei no sofá vendo TV. Se sentir necessidade, tem uma nova que faz pronta entrega, vamos ver como será.

  • Semana 24: A semana foi tranquila, sem muitas novidades. Tenho sentido muita, muita azia e então haja Milanta Plus e pastilhas de magnésia. Ela chega mais à noite, mas ainda assim não perco o apetite. Acabei perdendo as roupas porque a barriga está crescendo rápido, mas estou rechonchuda como um todo, batendo 76 kg, ufa, logo chegarei aos 80 kg, um susto a cada vez que subo na balança. Estava com 64 kg quando engravidei e não posso descuidar.
Agora todos me tratam com cuidado, é muito engraçado. Tem pessoas que não sabiam de mnha gravidez, mas a barriga pontuda e saliente não tem como esconder - e estou a exibindo com  maior orgulho!

  • Semana 25: Mais um susto. Voltei a sentir contrações e fiquei uns 3 a 4 dias sem sentir o bebê. Comentei com algumas amigas que já são mães e disseram que isso não pode acontecer, que deveria ir ao hospital o mais rápido possível.
Cheguei ao PS perto de meia noite e o médico do plantão era o mesmo de dezembro, de quando tive descolamento da placenta. Ele lembrou e deu outra bronca porque não posso demorar para ir ao médico se não sentir o bebê. Ele fez exame de toque e tudo bem. Mas ao colocar o aparelho para ouvir o coração, demorou para achar, foi um dos momentos mais tensos da gravidez e vi isso também no olhar do meu marido. Foram segundos aterrorizantes. Finalmente ele ouviu o coração, mas apertou a barriga e o bebê não respondeu, então por prevenção fui encaminhada a um ultrassom de urgência na madrugada. Estava tudo bem, só o bebê mais quieto mesmo, já com mais de 30 cm e mais de 1 kg. Ufa, voltei para casa descansar e não fui trabalhar no dia, seguinte, fiquei em home office.

  • Semana 26: Foi uma semana em que me senti bem e aproveitei para fazer as compras do enxoval do bebê. Fui até a Feira do Bebê e Gestante em um shopping da cidade e fiz tudo aquilo que disse que não faria: enlouqueci e comprei um monte de coisa, mas tudo bem. Estava muito feliz e já tinha feito uma reservinha de dinheiro para isso. Comprei um kit berço e escolhi a decoração do quarto que terá o tema “safari”.
Também consegui, depois de uma intensa peregrinação em várias clínicas particulares da cidade, tomar a vacina contra H1N1. Só consegui a trivalente, mas está bom porque estou imunizada para o vírus mais crítico. Não tive reação, tudo normal.
Outra coisa bacana desta semana foi que as meninas da equipe fizeram um chá de bebê surpresa para mim, foi emocionante! Até o meu marido sabia, o chefe bancou tudo, um mega buffet e toda a galera do trabalho estava presente, foi demais! Ganhei bastante coisa e teve até brincadeirinhas para adivinhar quem deu para mimo, fiquei feliz demais.

  • Semana 27: Me senti bem, sem novidades, apenas aproveitei para organizar as roupinhas do bebê. Lavei tudo com sabão neutro e amaciante específico para bebês. Depois de tudo seco, como não posso me esforçar, passei as roupas sentadas na cama. A cena devia estar hilária, mas fiz tudo em doses homeopáticas, um pouco por dia. Até tentei pedir para a faxineira me ajudar, mas ele fez com má vontade que desisti. Além disso, foi algo que curti fazer, parte do processo de preparação para a chegada do bebê.
O que senti de diferente nesta semana, quanto ao meu corpo, acho que por causa do calor ou por ter ficado mais tempo no trabalho sentada, foi um inchado absurdo nas pernas e nos pés. Fiquei sem tornozelo... kkkkkk... os pés pareciam dois pãezinhos franceses, nenhum sapato entrava. Fiquei com os pés para cima, coloquei os pés de molho em água quente com sal grosso e só depois de 3 dias melhorou. Acho que deveria ter feito drenagem linfática, mas como estou sem poder dirigir e dependo de meu marido, nem fui. Acabou melhorando, apesar de continuar mais inchado que o normal e nem todos os sapatos servirem. Os saltos eu abandonei logo no início da gravidez, com uns 2 meses, mas agora o pé está maior mesmo, espero que depois volte ao normal (se bem que amigas disseram não voltar e que passaram a calçar um número maior depois da gravidez).
Como a minha pressão subiu um pouco e, associado ao inchaço, este é um fator de risco a ser monitorado nesta etapa da gravidez e também devido à minha idade, por risco de eclampsia. Não estou neste caso, mas como prevenção, estou no maior controle do sal.

  • Semana 28: Foi uma semana importante porque tomei as duas injeções de Celestone Solupan, um corticoide para amadurecer os pulmões do bebê. Foram duas doses em um dia e duas no outro. Não vou mentir, arde um pouquinho e tem que ser no bumbum, nada insuportável. Pra quem já tomou tanta injeção nas FIVs, não é???? De efeito colateral, um pouco de inchaço.
Nesta semana, estava no trabalho, sentadinha e bem comportada, mas comecei a sentir cólicas e contrações. Minha barriga ficou dura e as contrações continuaram a cada hora. Liguei para meu marido me pegar –já que não dirijo há muito tempo, por ordens médicas – e fiquei em casa deitada, preferencialmente do lado esquerdo. Mas as contrações continuaram a noite toda, tomei Dactil e Buscopan. Acordei e continuavam. Então mandei um WhatsApp para as duas médicas que fazem o meu pré-natal e ambas responderam prontamente. Disseram para ir ao hospital para verificar se não estava com dilatação ou ir à clínica. Fui à clinica e uma delas no dia, que fez exame de toque e estava tudo bem, fiquei mais tranquila. No dia seguinte, fui à outra médica, que confirmou e pediu para monitorar tanto as contrações como os movimentos do bebê, pois às vezes ele fica muito quieto. Ela suspeita que o bebê que estava sentado já encaixou de cabeça para baixo, mas pediu ultrassom para confirmar.
Então, se o bebê ficar mais de 8 a 10 horas sem se mexer, não é normal. Devo comer algo, preferencialmente doce, como chocolate, deitar e aguardar alguns minutos. Se ele não se mexer, ir ao hospital por precaução. Ela disse que há realmente bebês que mexem menos ou que fica mais difícil por causa do espaço no útero, mas não podemos deixar de sentir as “mexidas” ou “chutes”.


  • Semana 29: Aproveitando o feriado para descansar, terminei de lavar e passar as roupas do bebê. Agora está tudo comprado, só falta chegar o berço, que está previsto para meados de maio. Isso achei bem ruim na loja, que tem móveis e um atendimento ótimo, mas demoram 60 dias para entregar. Tô com medo que o bebê chegue antes dos móveis e o quarto que será dele ainda está uma bagunça, com um monte de coisa entulhada. Preciso agilizar isso nesta semana e começar a montar a mala de maternidade do bebê.
Acho que é só..........................



Estou de volta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Gente, quanto tempo!!!!!!!!!!!!!!!!
Sumi, mas eu e bebê estamos bem. Pra variar, o processo todo tem as suas emoções aqui e ali, uma visita ao pronto socorro para não perder o hábito, mas exames de ultrassom que nos deixam felizes com nosso lindinho e assim já cheguei à semana 29. Ufa, cada semana é uma vitória, pareço aqueles presidiários que riscam dia a dia para marcar o tempo, mas o meu é para comemorar cada dia de conquista!
Vou tentar resumir o que aconteceu nos últimos tempos, de forma mais genérica, mas para poder manter o registro de tudo aqui no blog. Não serão posts detalhados, só o que marcou mais.

Não sei explicar bem como a gravidez é um processo de autoconhecimento. Isso porque temos que aprender a nos conhecer antes de conhecermos a criaturinha que mudará nossas vidas. Depois farei um post só sobre isso, bem mais filosófico e viajante. O que posso dizer que, além das transformações físicas, são tantas alterações emocionais que fica até difícil colocar em palavras. Fico pensando em tudo o que passei, com os quase 8 anos de tratamento, as 4 FIVs e tudo mais...
No começo, quando chega a notícia da gravidez, tudo parece etéreo, parece que não é verdade ou que é “tão bom  e demorou tanto para acontecer que não é real”. Ficamos naquele inebriante da notícia.
Os primeiros exames como o Beta HcG e as imagens de ultrassom ainda fazem da gravidez uma conceito, uma informação ou uma possibilidade com a afirmação de que “você está grávida”. Os medos iniciais é se vamos segurar o bebê e, no meu caso, com tantos episódios de sangramento, descolamento da placenta e hematoma subcoriônico, a ansiedade estava sempre por perto.
Quando chegamos ao final do primeiro trimestre, ou alcançamos a semana 12, já dá para ver o bebê com seu formato e até saber o sexo, é muito empolgante! Queremos repetir aquela possibilidade de ver a imagem do bebê se mexendo na tela do computador do aparelho ou na TV que projeta o exame para ter certeza que ele está lá, que está bem e em plena agitação com seus movimentos e coraçãozinho acelerado.
Ficamos ansiosas para sentir o bebê se mexer, até que isso acontece! O primeiro chute aconteceu comigo na Semana 18, no feriado de Carnaval. Uma grande emoção, tudo começa a se tornar real.
A partir daí, o que era um conceito, passa a ser uma sensação, aquela sensação gostosa de que a vida que se desenvolve dentro de você está em processo de transformação. Começamos a monitorar e a esperar cada movimento, cada chute, cada sinal de sua presença.
E então os movimentos ficam mais intensos e, quando não acontecem, ficamos preocupadas se está tudo bem com o bebê. Os medos e ansiedades vão mudando, nosso corpo fica mais pesado, procuramos um lugar mais calmo para repousarmos e os hormônios marcam cada uma destas etapas para nos preparar física e psicologicamente para a próxima fase.
Além do enxoval, pensamos muito no parto, em como será sair de casa com um bebê na barriga e voltar com ele em seu colo, com toda a sua fragilidade e você será essencial na vida dele.
Realmente é uma bela jornada, em que nos despedimos de uma pessoa que éramos antes para nos tornamos uma outra pessoa, ainda melhor. É um processo de descobertas, de sensações e de expectativas. Tudo vale a pena e é muito bem estar aqui de volta para compartilhar com vocês!!!! Bjs