Gente, quanto tempo!!!!!!!!!!!!!!!!
Sumi, mas eu e bebê estamos bem. Pra variar, o processo todo
tem as suas emoções aqui e ali, uma visita ao pronto socorro para não perder o
hábito, mas exames de ultrassom que nos deixam felizes com nosso lindinho e
assim já cheguei à semana 29. Ufa, cada semana é uma vitória, pareço aqueles
presidiários que riscam dia a dia para marcar o tempo, mas o meu é para
comemorar cada dia de conquista!
Vou tentar resumir o que aconteceu nos últimos tempos, de
forma mais genérica, mas para poder manter o registro de tudo aqui no blog. Não
serão posts detalhados, só o que marcou mais.
Não sei explicar bem como a gravidez é um processo de autoconhecimento. Isso porque temos que aprender a nos conhecer
antes de conhecermos a criaturinha que mudará nossas vidas. Depois farei um
post só sobre isso, bem mais filosófico e viajante. O que posso dizer que, além das
transformações físicas, são tantas alterações emocionais que fica até difícil
colocar em palavras. Fico pensando em tudo o que passei, com os quase 8 anos de tratamento, as 4 FIVs e tudo mais...
No começo, quando chega a notícia da gravidez, tudo parece
etéreo, parece que não é verdade ou que é “tão bom e demorou tanto para acontecer que não é real”.
Ficamos naquele inebriante da notícia.
Os primeiros exames como o Beta HcG e as imagens de ultrassom
ainda fazem da gravidez uma conceito, uma informação ou uma possibilidade com a
afirmação de que “você está grávida”. Os medos iniciais é se vamos segurar o
bebê e, no meu caso, com tantos episódios de sangramento, descolamento da
placenta e hematoma subcoriônico, a ansiedade estava sempre por perto.
Quando chegamos ao final do primeiro trimestre, ou
alcançamos a semana 12, já dá para ver o bebê com seu formato e até saber o
sexo, é muito empolgante! Queremos repetir aquela possibilidade de ver a imagem
do bebê se mexendo na tela do computador do aparelho ou na TV que projeta o
exame para ter certeza que ele está lá, que está bem e em plena agitação com
seus movimentos e coraçãozinho acelerado.
Ficamos ansiosas para sentir o bebê se mexer, até que isso
acontece! O primeiro chute aconteceu comigo na Semana 18, no feriado de
Carnaval. Uma grande emoção, tudo começa a se tornar real.
A partir daí, o que era um conceito, passa a ser uma
sensação, aquela sensação gostosa de que a vida que se desenvolve dentro de
você está em processo de transformação. Começamos a monitorar e a esperar cada
movimento, cada chute, cada sinal de sua presença.
E então os movimentos ficam mais intensos e, quando não
acontecem, ficamos preocupadas se está tudo bem com o bebê. Os medos e
ansiedades vão mudando, nosso corpo fica mais pesado, procuramos um lugar mais calmo
para repousarmos e os hormônios marcam cada uma destas etapas para nos preparar
física e psicologicamente para a próxima fase.
Além do enxoval, pensamos muito no parto, em como será sair
de casa com um bebê na barriga e voltar com ele em seu colo, com toda a sua
fragilidade e você será essencial na vida dele.
Realmente é uma bela jornada, em que nos despedimos de uma
pessoa que éramos antes para nos tornamos uma outra pessoa, ainda melhor. É um
processo de descobertas, de sensações e de expectativas. Tudo vale a pena e é
muito bem estar aqui de volta para compartilhar com vocês!!!! Bjs
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