quarta-feira, 22 de junho de 2016

37 semanas: cada vez mais perto!



Gente, não é que meu guerreiro está aguentando firme aqui? Contrariando as estatísticas, conseguimos chegar até a 37ª semana, uma vitória!!!
Nesta segunda-feira fizemos o último ultrassom e está tudo ótimo. Ele está com 50 cm e quase 3,5 Kg. Uma belezinha. Como há pouco espaço na barriga, não dá para ver muito bem o rostinho dele, mas está com a cabecinha encaixada e os pés fazendo “legpress” nas minhas costelas. A placenta ainda é grau 2, o que demonstra que ele pode continuar mais um tempo aqui dentro, no ninho.
Só não se se aguento muito mais, tenho sentido muito cansaço, contrações à noite (começam às 22h e se estendem pela madrugada), o que me impede de dormir. Passo as noites acordada e com medo de ir ao hospital, ainda mais que está um friozinho.... rs.
As contrações tem se intensificado, mas não são regulares como as de trabalho de parto ainda, são as de treinamento. A barriga começa a ficar dura na parte de cima, depois fica toda enrijecida e dá um dor lá embaixo, como se fosse uma cólica menstrual. Sinto que o bebê já encaixou também, principalmente quando sento.  Isso aconteceu na Semana 36, a barriga desceu e senti que ele já estava descendo, a dor nas costas e a falta de ar melhoraram, até a azia diminui. O que fica ruim agora são as cólicas e dificuldade de locomoção.
Às vezes fico preocupada porque o bebê se mexe pouco, mas disseram que realmente fica apertadinho, então como algo doce porque a glicose o deixa mais agitado e eu fico mais tranquila!
Parei de trabalhar na semana passada, no dia 13 de julho. Fiquei em casa terminando algumas atividades online (por email, Skype whatsApp, já que a tecnologia ajuda!). Estou tentando me envolver menos com problemas do trabalho, o que acaba sendo difícil para uma pessoa workaholic como eu. Tenho aproveitado para pensar sobre o parto e aprender sobre os primeiros cuidados com o bebê.
Tem vídeos bem interessantes no Youtube e aprendi muito sobre como dar banho no bebê, rotinas para o sono, amamentação, cólica e também sobre o parto em si.
Ah, o parto... isso está me deixando super ansiosa! Eu passei a gravidez toda com os perrengues de idas ao hospital com a certeza de que seria cesárea. No começo estava com 3 médicas, depois fiquei com 2 me acompanhando e, após o episódio da retirada do pólipo, escolhi uma delas e estamos nos encontrando em consultas semanais.
O que ela me disse, há15 dias, é que posso até tentar o parto normal e isso deu um nó na minha cabeça. Ela comentou que seria até melhor para minha recuperação para o útero voltar ao normal. E aí pensei, o que acontece com os miomas? Eles podem se romper durante as contrações? Não sei, ainda não estou muito segura sobre isso.
O que combinamos foi o seguinte: parei com o Utrogestan na semana 36, passei a monitorar as contrações e, dependendo de como for, se eu aguentar as dores do trabalho de parto, decido de será normal ou cesárea.  
Amanhã tenho consulta e teremos que tomar um decisão, algo bem difícil porque gera muito medo e às vezes, lidamos até com alguns mitos que nos afligem. Contarei para vocês como será... Bjs






sexta-feira, 10 de junho de 2016

36 semanas: está chegando...



Hoje foi meu último dia no trabalho. Me despedi do pessoal, deixei assinada a carta de promoção de uma funcionária muito querida para ser supervisora, mas tive que deixar também pronta a de demissão de um coordenador. Acontece... tenho que me desligar do trabalho agora e me preparar integralmente para a chegada do bebê.
Como toda mãe, já assisti dezenas de vídeos no Youtube sobre parto, recuperação pós-parto, como fazer a mala do bebê para maternidade (e da mãe), como amamentar e como fazer o bebê dormir.
Estou lendo “A Encantadora de Bebês” e me recomendaram “Nana Nenê” (algo assim, assim não procurei, mas parece que a metodologia do autor é questiona por alguns, vou me inteirar sobre o assunto).
Também é engraçado perceber como os “medos e ansiedades” da gravidez vão mudando ao longo das semanas. Que diga o Google, o grande oráculo que sabe de tudo sobre nós pelos histórico de nossas pesquisas... kkkkk.
Nos primeiro trimestre, tentamos entender as mudanças em nosso corpo, os enjoos, o medo do aborto prematuro e sangramentos, até a primeira vez que o bebê vai mexer. Então no segundo trimestre, nos preocupamos sobre alimentação, se o ultrassom está tudo bem e ele está crescendo dentro da curva de controle, começamos a pensar na decoração do quarto e enxoval. Já no terceiro trimestre, as preocupações com o tipo de parto, como será a recuperação e na organização das tarefas que antes eram prioridade no trabalho serão esquecidas por um tempo. A noção de tempo mudará e mesmo que na fase final a gente se prepare para fazer uma “reserva de sono”, as noites são mal dormidas porque a barriga não deixa. Eu até que tento dormir do lado esquerdo como a médica recomendou, mas no meu da noite acabo me virando, então virou de novo.
Agora minhas preocupações também passam pelos movimentos do bebê. Tem dia em que ele se mexe mais, em outros, quase nada. Aí a neurose faz a gente buscar algo na internet. Tem uma baboseira nos fóruns e, como já disse antes e podem me crucificar, que dificuldade no português tem algumas pessoas... vixi... quanto erro de ortografia absurdo, dificuldade em formar uma frase que fica difícil buscar uma fonte de credibilidade. Tento artigos mais científicos da área médica, mas são escassos para alguns questionamentos. Desculpem o desabafo, pois a internet é um espaço livre, democrático e inclusivo, mas escolher as fontes é importante, sempre digo isso aos meus orientandos de TCC, tanto da graduação como da pós-graduação.
Bom, já tomei todas as vacinas, fiz exames de curva glicêmica, hemograma, urina (várias vezes) e o tal do Streptococcus Agalactiae, tudo em ordem. Pressão controlada na média de 11 x 7 e os 18 kg a mais que pretendo perder nos primeiros meses.
Já estou sentindo contrações de treinamento mais intensas e a médica pediu para que nesta semana eu pare de usar o Utrogestan, para deixa a natureza agir. Gente, dá um apeguei de tal forma à Progesterona, que estou morrendo de medo de parar. Mas a médica disse que após as 36 semanas, ela perde sua eficácia, então vamos lá, respirar fundo, parar o uso da medicação e esperar o meu bebezinho tão querido chegar...



terça-feira, 7 de junho de 2016

30 semanas até 35 semanas: muitas emoções, cirurgia e também comemorações



Gente, desapareci, não é?! Pois é, muitas coisas aconteceram no dia seguinte ao último post. Vou tentar resgatar aqui os principais acontecimentos, pois é como sempre digo, a vida tem que ser “como passeio de buggy no Nordeste, só tem graça se for com emoção”. Então vamos lá, vou tentar lembrar de tudo.
  • Semana 30: Tudo caminhava muito bem, eu me sentia disposta para organizar o enxoval do bebê, curtindo lavar as roupinhas, passar tudo (mesmo que sentada na cama para não fazer esforço) e organizar tudo para a chegada tão esperada. Apesar do meu marido encher o saco que estava comprando coisas demais – homens.... Agora que estou realizando o meu maior sonho, não poderia me poupar desta felicidade de cuidar das coisinhas do bebê (desculpem pela revolta, ele acha que tudo é desnecessário...).
Estava trabalhado normal até que em um sábado senti algo estranho lá embaixo, parecia que tinha alguma coisa querendo sair. Como no dia anterior tinha abusado um pouco, porque meu marido me deu carona para voltar do trabalho (já que não posso dirigir deste o início da gravidez), mas ele estava atrasado e me deixou a 4 quarteirões de casa. Fui andando, mas não fazia isso desde o início da gravidez. Me cansei, mas fui devagar e achei que não teria impacto. Tomei um Buscopan e fui dormir. Eis que no sábado não amanheci legal e nem fui trabalhar. No final do dia, quando fui tomar banho, senti que saiu uma secreção diferente, era parte do tampão mucoso!
Fiquei em pânico porque já tinha visto foto de tampão mucoso. Aí continuou saindo alguns pedaços durante o banho e o último tinha um pouco de sangue. Tirei foto e mandei para a médica. Não vou colocar a foto aqui porque é meio nojento. Ela respondeu para ir ao pronto socorro por precaução. Mas enquanto me trocava, começou a sair mais e a escorrer sangue vermelho vivo, entrei em pânico!
Meu marido me levou às pressas para o hospital e com minha mala que já estava pronta (a do bebê ainda não, mas depois daria um jeito dependendo do que acontecesse). O médico plantonista era o mesmo que me atendeu na ameaça de aborto (com descolamento da placenta na 10ª semana e quando tive contrações na madrugada na 20ª semana). Ele perguntou: “você aqui de novo?”. Pois é, mas desta vez era sério. Não conseguiu ouvir o coração do bebê muito bem e no exame de toque viu que o sangue estava saindo do interior do útero e a suspeita era descolamento de placenta (o que poderia exigir um parto de emergência).
Fiz um ultrassom de emergência (isso já era uma 22h do sábado) e o bebê estava bem, ufa! Mas ao voltar com o médico, ele quis fazer outro exame de toque para entender o motivo do sangramento. Aí ele suspeito que um dos miomas, o tal do “mioma parido” ou pólipo, estava saindo do útero e forçando a abertura. Pediu minha internação para que a médica viesse me ver no dia seguinte.
A médica estava fora da cidade, então passei o domingão em observação no hospital, o sangramento continuava, um fator de preocupação. Na segunda ela veio me ver pela manhã e após o exame, suspeitou que pudesse ser o mioma saindo ou um pólipo. Fiquei em jejum e à tarde fiz a cirurgia para retirada.
Me levaram naquela maca até o centro cirúrgico, fui morrendo de medo. Meu marido ficou no quarto me aguardando e então começou o procedimento para extração. Detalhe: sem anestesia! Juro, doeu demais, mas aguentei firme, porque a anestesia poderia afetar o bebê. Senti vontade de desmaiar, foram os 30 minutos mais doloridos da minha vida, mas segurei até o final. A médica me mostrou, era um pedaço de tecido, com uma 5 cm de comprimento, comprido, com bastante sangue, que foi para biopsia. O pior é que ela deixou umas 5 gazes dentro da vagina para estancar o sangramento e eu teria que tirar à noite. Fui para o quarto repousar, com muita dor, mas feliz porque tudo deu certo.
Putz, quando tirei, estava sozinha no quarto, meu marido teve que sair para trabalhar e minha família mora longe (a sogra não conta, não se envolve e até prefiro). Cada gaze que saía era uma dor absurda, mas conseguir puxar todas. Deu um pouco de tontura, chamei a enfermeira e ela disse que minha pressão estava normal e era para repousar.
No dia seguinte, fiz um novo ultrassom, a médica me acompanhou, muito fofa e gentil. Vimos que o colo está fechado, intacto e com ótima espessura. Pronto, tudo certo, tive alta e fui para a casa!

  • 31 semanas: Depois de tanto susto, fique me recuperando em casa por alguns dias, trabalhando em home office. Saí para tomar a vacina de Hepatite B e a Tríplice. O sangramento escuro que a médica disse que ficaria no pós-operatório continuou por alguns dias, em tom escuro e em pouca quantidade. Mantive o Utrogestan por 3 vezes ao dia e tentei ficar mais quieta neste período.
A biópsia chegou e era mesmo um pólipo que foi extraído. Era ele estava “saindo” do útero, empurrando o tampão e gerando sangramento. Era benigno e foi um susto, mais um episódio que nos fortalece neste processo todo.

  • 32 semanas: Já estava me sentindo bem e retornei ao trabalho, ficando cerca de 3 a 4 horas. Só deu um pouco de trabalho porque tivemos que recepcionar alguns gringos e eu organizava a agenda de atividades, mas não podia ir às empresas para acompanhar, ficava gerenciamento de minha sala. Tirando a azia e falta de ar, me sinto bem.
Me recuperei do susto e voltei a ganhar confiança. Continuo no repouso intermediário, sem dirigir (isso só depois da recuperação do parto), só cozinhando um pouco e às vezes e no trabalho, fico sentadinha, me levantando só para ir ao banheiro. E por falar em ir ao banheiro, são várias visitas para o xixi noturno, isso está me fazendo dormir muito mal, pouquíssimas horas por noite e um sono “picado”, o que me deixa bem cansada.

  • 33 semanas: Estive em consulta médica e parece que tudo está caminhando bem! Estou sentindo um pouco cansada, mas é normal porque a barriga cresceu e tenho dormido pouco. A azia piora à noite, mas a médica disse que posso tomar Ranitidina, o que aliviará bastante. A minha dor nas costas que está estranha, na altura dos pulmões e não na lombar – mas parece ser postural porque fico com o notebook no colo trabalhando em casa – e não é pneumonia, pois não tenho tosse ou secreção, o que seria péssimo.
Apesar de estar com 80 kg (vixi, nunca pensei que chegaria a tanto), a médica falou que estou na média de ganho de peso (ainda.... mas tenho que controlar) e que, pasmem... posso até tentar o parto normal. Esta notícia foi novidade, mas acho que não vale o risco, preciso pensar melhor. Meu marido está pressionando pelo parto normal deste então, mas não decidi e prefiro aguardar as cenas do próximo capítulo.

  • 34 semanas: Tudo bem, só azia e falta de ar, com noites mal dormidas, o básico desta fase da gravidez. Fiz ultrassom e o bebê já está com 46 cm e quase 2700 kg. Que belezinha! Só não consegui ver o rostinho dele porque colocou o braço na frente, é tímido.
Depois de muito, muito esforço, convenci meu marido a passar na loja para comprar um carrinho para o bebê. Já é o momento e é possível que nos primeiros dias, ele fique conosco no quarto. Escolhi um carrinho que é também moisés e o bebê conforto que encaixa no carro. Achei bonito, mas depois quando fui colocar no carro na saída da loja, vi que é um mega trambolho.

  • 35 semanas: Ainda estou persistindo em trabalhar, mas não consigo ficar muito tempo. Muitas mudanças estão acontecendo no trabalho e estou tentando não me afetar pelo stress.
Gostaria de comprar algumas coisas que faltam para o quarto do bebê, como um aquecedor e um tapete, por exemplo, mas meu marido fala que e é bobeira, que não pode me levar para comprar porque está ocupado e então o jeito será comprar pela internet. Meu carro continua parado na garagem há meses e ele não me deixa pegar taxi. Por fim, fico bem aprisionada. Depender dele me chateia, porque ele tem os próprios compromissos e não quero atrapalhar, mas deixei de fazer várias coisas que gostaria de ter realizado durante a gravidez por esta falta de mobilidade. Sinto até falta de poder ir ao mercado e comprar coisinhas que às vezes me dá vontade de comer. Como ele não quer que eu engorde, só posso comer frutas, um saco. Sinto falta de minha liberdade, mas foi é uma fase, tudo vai dar certo!

Agora entrando na contagem regressiva!!!